Reinaryt

1º O aviso. 


~ ° ~

E assim termina a noite... Não disse quase nenhuma palavra, fazer o que não é?! Afinal eu sou o fantasma da sala. 
É a mesma coisa sempre que minha amiga falta, seu nome é Raissa, ela pode ser chata, mas é legal... Coisa contraditória não é?! Aqui na sala ninguém fala comigo, vai só alguns e quando querem, tipo, Mateus, Samuel e Danilo, sabe uma vez na vida e outra na morte! Tem o Aldemir mas ele também faltou hoje então tanto faz. 
Sem nada para fazer comecei a ler meu livro, ninguém aquenta duas aulas vagas seguidas. Meu livro é incrível, suas historia é uma segunda versão de Alice no País das Maravilhas, minha mente só sai do transe assim que vi a professora de Português passar lição. 
Depois de muito tedio e muita lição, alguma coisa gigante entra na sala para testar a masculinidade dos meninos e a coragem das meninas... PiPiPi... Teste terminado, os meninos fugiram três permaneceram sentados e as meninas, quatro ficaram sentadas. Ai você me pergunta... Porque eles fugiram? entrou um morcego ou algo assim? 
Bem não, era uma linda mariposa, claro seu tamanho era um pouco exagerado, quando suas asas estavam batendo ela parecia um morcego. Suas cores não ajudou muito, ela era marrom escuro e as manchas na sua asas deixavam sua beleza bem estampada, ela era realmente linda. Mas, não sei o porque senti que a conhecia de algum lugar, uma sensação de conforto me atinge quando quando ela sobre voa minha cabeça. 
Depois de muito trabalho a professora consegue tira-la da sala e a coloca para fora. Já não me sentia sozinha ganhei a noite pelo menos. 
No dia seguinte Raissa está na sala me esperando conversando com o Samuel o seu "amirido", é minha mistura de amigo e marido... É cada briga de casal que sai deles e eu adoro ver suas briguinhas é tão lindo. Sempre fazemos estes teatrinhos para animar a aula. 
_ Né Samuel... Você sabia que você é corno? -  Eu pergunto para começar a briguinha da noite. 
_ Como assim? - Pergunta ele olhando para Raissa. 
_ Não é nada ela é doida só isso! - Responde ela passando a mão no braço de Samuel para acalma-lo, porem o mesmo desvia. 
_ Pensa ela já pegou uma grande parte da sala, sem contar os meninos da manhã e o Cleber. - Digo botando lenha na fogueira, era mentira e os três sabiam disso, porém eu amava começar essas ceninhas com esse assunto, se não era por que o Cleber conversou com a Raissa e o Samuel ficou com ciúmes era por que eu estava entediada mesmo. 
_ Mas como é?! 
_ Não ouve ela... Ela é louca - Raissa tentava contornar a situação, mas era inutilmente inútil.  
_ Sem com contar o Matheus, o Danilo e vários outros. 
_ Samuel abre a boca, coloca a mão no peito e diz perplexo: 
_ como você pode fazer isso comigo? 
_ Não consigo parar de rir, foi incrível ver a cara que a Raissa fez assim que o Samuel disse isso, gosto muito dos dois, são minha única companhia naquela escola, bem pelo menos na sala. 
Na hora do intervalo, eu, Raissa, Samuel e Lucas; meu outro amigo quase um irmão, estávamos conversando, quando algo me chama minha atenção. Uma luz branca e vermelha atravessava as pequenas aberturas do portão que fica na cantina. Ele sempre esteve fechado e escondia um corredor sem saída. 
A luz ficava cada vez mais forte, quanto mais perto mais encantada ficava. Podia dizer que estava hipnotizada, não via nem ouvia ninguém a minha volta, era apenas eu a luz. Ao me aproximar do portão consigo sentir um frio estremo, como se estivesse nevando do lado de fora e ao mesmo tempo um calor fervente. 
_ O que é isso? - Pergunto a mim mesma encarando o portão. 
_ Isso o que Ma? 
_ Nada não Lucas... Fiquei com frio de repente só isso! 
Raissa e Samuel ainda brigavam, meus olhos agora olhavam para uma das aberturas do portão, tentando conter um grito observo o ser radiante do lado de fora. Uma linda menina de longos cabelos negros e olhos bicolor, ela usava um colan branco que deixava seus fartos seios em evidencia, a bota de cano extra longo parava em sua coxa, um par de asas "enfeitavam" suas costas uma era branca como a neve e a outra escura feito a noite estavam bem abertas, no topo de sua cabeça um par de chifres atrás de sua cintura uma enorme calda preta e um corte na ponta partindo-a em dois. 
_ Não tenha medo e principalmente... não grite! E não fale comigo. - Diz ela olhando em meus olhos - Preciso de você... Seu reino precisa de você! Volte ou iremos ter que tomar medidas drásticas. Pense bem, o que é mais importante, seus amigos e família ou seu conforto? - Pergunta ela me encarando. 
rias perguntas começam a surgir em minha mente. Como assim ela precisa de mim e principalmente, MEU reino precisa de mim? Não faz nenhum sentido... Se bem que nada ali fazia sentido ou era normal. 
_ Vamos coração, o sinal já bateu e agora é a aula de Química - Diz Raissa tocando meu ombro. 
É melhor correr então! - Brinco para distrair. 
Ao passar pela primeira escadaria olho pela pequena janela para ver se aquele "ser" ainda se encontrava do lado de fora, mas ela não estava mais lá. 
Fiquei quieta o resto da aula, o que ativou a Raissa. 
_ O que aconteceu? Você está quieta desde a hora do intervalo. - Diz ela olhando para mim. 
_ Nada é que... bateu a fome e eu não sou de falar quando estou com fome! - Eu brinco para distrair ela. 
_ Sei... - Diz ela olhando desconfiada para mim. 
Eu olho para ela e sorrio, pego minha lapiseira e começo a escrever as formulas de química que a professora passava na lousa. 
_ Você ainda tem bala? - Pergunto inocentemente. 
_ Não... - Responde ela escrevendo. 
_ Malvada. - Nós duas rimos com o comentário e voltamos a escrever. 
A aula foi bem longa, ouvir a Raissa reclamar e brigar com o Samuel me fez pensar em outra coisa que não fosse aquela mulher.  
Depois da aula de química todas as outras passaram rápido. Na hora da saída Lucas e Natalia me esperando perto do portão, ele com a carinha de bravo que o deixava lindo. 
_ Estava com a professora! - Eu digo antes de ele começar a reclamar. 
Era a Vilany - Avisa a Raissa. 
_ Tinha que ser a Vilany - Resmunga ele. 
Me aproximo aos poucos dos dois com Raissa e mais algumas pessoas atrás. 
_ Deixa é legal estar com ela! Vamos embora! - Eu digo batendo nas costas dele. 
Lucas me dá um tapinha na cabeça e seguimos até o segundos portão. Ao passar pelo estacionamento, sinto um vento gélido em minhas costas, e o vento que vinha do estacionamento também estava mais frio que o normal. 
_ Tchau Lucas! - Se despede Raissa me tirando novamente do transe. 
Nos despedimos de Raissa e da Natalia, no meio do caminho encontramos Danilo. Meu amigo de infância... Literalmente, desde o dia em que entrei no CCA de nossa região ele foi quase que a primeira pessoas que foi falar comigo, não sei porque mais não me arrependi de ser sua amiga, ele é bem chato, mas sabe me fazer rir quando estou triste!  
Conversamos um pouco e logo nos separamos Lucas e eu seguimos até minhas casa. No meio do caminho outra luz, desta vez um vermelho sangue toma nossa visão, um homem moreno aparece em nossa frente, ele trajava uma linda armadura negra como a noite, a espada prateada em sua cintura me chama a atenção, através dela posso ver todas as estrelas presentes no céu e além do céu. 
_ Você é Mayu? - Pergunta ele olhando para mim. 
A rua estava vazia nada nem ninguém passava, logo atrás alguns alunos da nossa escola estavam passando estavam completamente congelados. 
Lucas estava ao meu lado, não sei como, mas ele estava bem consciente, diferente das pessoas atrás de nós. 
_ Es ou não quem procuro? - Pergunta ele novamente. 
_ Sou eu, o que deseja? - Pergunto olhando firme para ele.  
Ele sorri um sorriso largo e carinhoso assim como o de meu fiel amigo que olhava o homem a sua frente.  
_ Tá... Mas quem é VOCÊ? - Pergunta Lucas olhando para o homem a sua frente. 
_ Ai, Ai... Eu sou você né! - Me seguro para não rir - Eu procurei você por todo esse tempo, mas não achei, até alguns minutos atrás. Mas você está bem aqui... Na minha frente! 
_ Você fala como se eu tivesse morrido. 
_ E morrerá... Não fisicamente, mas sua esncia ira desaparecer, você não será você... 
Olha para Lucas confusa, como alguém pode perde sua essência? Isso é humanamente impossível. 
_ Poderia explicar isso melhor? - Pergunta Lucas olhando para mim preocupado. 
_ Lembra do sonho que você teve anos atrás... Aquele que um enorme tornado acaba com a casa que você mora e começa a persegui-la, depois aparece outro e outro e juntos destroem a cidade? - Assenti com a cabeça e o na tentando entrar pela garganta, como ele sabia? - Pois bem isso está perto de acontecer. Os tornados são as "tormentas" que estão no seu coração, você sabe bem que temos dois lados um bom e outro ruim, certo? Você irá se dividir em duas... - Ele para de falar bruscamente e começa a olhar para os cantos assustado - Tenho que ir... Ele ainda te procura... O ser que você criou necessita de você, outras pessoas vão ir até você e se isso não funcionar ele será obrigado a deixar o castelo e virá buscar você aqui... Você - Diz ele apontando para Lucas - Convença ela a voltar seja leal e entre no portão junto a ela... Agora que você me viu não tem outra escolha a não ser seu leal companheiro, amigo e cavaleiro. 
Ele desaparece, em seus olhos pude ver algo diferente do Lucas eu conheço... Dor, sofrimento, angustia, tristeza... Não sei o que ele quis dizer, não sei o que devo fazer, essa já é a segunda vez em uma única noite e estou ficando meio nervosa. 
Tudo a nossa volta voltou ao normal, as pessoas conversando, as motos passando feito doidas, ônibus  e carros, olho para Lucas nervosa com o que acabamos de ouvir, ele retribui o olhar com um largo sorriso nós seguimos nosso caminho. 
Mesmo sem demonstrar percebo o olhar confuso dele, parecia que estava tentando assimilar o que estava para acontecer eu também, mas nada o que eu pensava deixava as coisas mais estranhas ainda, bem depois do que aconteceu na cantina eu já não duvido de nada. 
_ Como ele ... O que foi aquilo afinal? - Pergunta Lucas - O que ele quis dizer com "todos temos um lado bom e o outro ruim" ? 
_ Essa é a filosofia do yin yang... Os dois lados de uma pessoa... Para resumir o bem que habita no mal e o mal que habita no bem, assim as coisas desse mundo tem seu equilíbrio... As pessoas tem seu equilíbrio não há apenas escuridão assim como não há apenas a luz. Quando ele disse que irei me dividir em duas é provavelmente a divisão desses dois lados dentro de mim... 
_ O mal que se desgrudou do bem? - Pergunta Lucas olhando para frente. 
_ Isso mesmo.  
Me despeço de Lucas e entro em casa, estava mais que cansada, dentro de meu ser, podia sentir algo querendo sair, só não sabia o que era. Um grito? Um choro? Não sei, só sei que ele está lá, mais forte que nunca. Como se todo a sofrimento da humanidade se instalasse dentro do meu peito. 
Eu não sabia o que aquele Lucas estava falando era verdade ou não, não sabia se ia ou não perder minha essência, mas no fundo eu sei queria... Sumir, Desaparecer e ser Esquecida por tudo e todos... Afinal nunca fiz nada que para que alguém fique orgulhoso de mim, quantas e quantas vezes já pensei em me matar?  
Estava preste a ter um colapso mental, ele está próximo e irá acontecer quando eu for para esse outro mundo, o mundo da Luz e da Escuridão... mundo esse que EU criei. 
Entro em casa, troco de roupa, como alguma coisa e vou assistir TV. " É melhor nem pensar no que aconteceu hoje... Foi tão estranho que eu ficar louca." penso comigo mesma. 
Com a mão no peito sinto as batidas do meu coração, são calmas e frágeis, já não sinto aquela dor e meus olhos já não querem mais chorar. Sigo  para o quarto arrumo minha cama e me deito, tento esquecer do que aconteceu, mas é inútil. Imagens de um lugar lindo começam a passar na escuridão e acabo dormindo com uma paisagem se formando. 
A paisagem era linda, flores e alegria me fazem sorrir, um castelo cravejado de diamantes brilha no fundo, outros palácios não tão grande quanto o central estavam ao lado porém uma escuridão, pequena, mas densa toma conta de uma parte da floresta, como se quisessem entrar a parte clara algumas mãos aparecem na grama, mas retornam para a escuridão quando a luz do sol batem nelas.

º ~


 2º Sinto que te conheço... Mas nunca te vi na vida. 


Me encontro no chão de uma enorme arena e na minha frente uma garota com asas negras como a noite e pontiagudas nas extremidades, dois enormes chifres enfeitavam seus longos cabelos negro, suas unhas pontiagudas estavam cobertas de sangue, o que sujava seu colan e suas botas. Ela sorri, posso ver seus olhos um é totalmente preto da íris a esclera e o outro é castanho vivo, olhando no fundo dos olhos dela pude ver além, aqueles olhos era ódio puro, todo o mal em apenas uma parte do corpo dela. 
_ Eis ai sua majestade... Fraca como só ela é... Eu, como metade dela, reivindico a coro. 
Tento falar mas nada sai de minha boca, nem sequer uma misera palavra. Posso ver outra mulher entrando, não consigo vê-la direito, em suas mãos Katana afiada e um sorriso maníaco toma seu rosto, a minha volta avisto, Lucas, Raissa, Amanda, Natalia e mais quatro pessoas, todas desmaiadas. 
_ Então essa é você? A rainha que tomou meu reino... Você precisa de muito mais que isso para me alcançar. -Assim que ela ia me atacar uma luz tira a mim e meus aliados do campo. Uma silhueta de um homem entra em minha frente, seus cabelos loiros tampão a luz do sol que incomoda meus olhos. 
_ Ainda bem que está melhor minha amada rainha. - Diz ele me entregando algo, seu toque é carinhoso, ele limpa minhas férias com cautela e beija minha mão logo em seguida. 
Tento ver seu rosto mas ele some e uma escuridão toma meus olhos e o barulho do meu celular me acorda. 
_ Eu odeio você! Porque foi me acordar na melhor parte Kanon? - Sussurro para não acordar aos vizinhos - Bem hoje é o ultimo dia de tudo... Aula, estagio... Tudo. 
Olho para os lado confusa, mesmo sendo apenas um sonho parecia tão real, os toque dele eram tão reais que meu corpo tremeu. Sempre tive sonhos realistas na maiorias das vezes os sonhei com algo tão vivos e realistas, como esse, acontecem exatamente da forma que eu sonhei, mas porque esse me deixou tão aflita?  
_ Isso não pode se realizar... Até mesmo o Professor Claudio disse que os sonhos não acontecem da forma que nós sonhamos... Tudo isso deve der uma peça pregada pelo meu celebro... Eu não posso acreditar. - Digo para mim mesma tentando me acalmar. 
Quase caio da cama de tanto sono, vou até o banheiro e tomo meu banho, troco de roupa e vou tomar meu café da manhã, arrumo minha bolsa e vou para o trabalho. Não era longe da minha casa. Coloco meus fones de ouvido e sigo até a enorme escola, ao chegar, pego a chave na direção e sigo até a sala de informática, todos os alunos já estavam de férias, então na sala só tinha eu e alguns professores que passavam as notas dos alunos para o computador ou estavam mechando no facebook ou até mesmo estudando outras línguas ou coisas. Antes deles chegarem limpei todas as mesas e liguei cada um dos computadores, depois disso me sentei e comecei a mexer em um dos dezoito computadores que tinha na sala. e fiquei vendo os professores conversando e passando as notas, do meu lado uma delas estava cantando e os outros, amigos do peito, brincavam com ela sem que ela perceba. 
_ Sabe... Era legal ver você trabalhar na mesma escola que eu! Não é Mayu? 
Olho para o lado assustada, a voz era da Amanda... Mas o corpo... Passa longe! Uma linda elfa estava do meu lado, tentei manter o controle para não alertar os professores, mas foi difícil, minha sorte foi que eles estavam muito concentrados. Abro uma pagina no Word e digito "Quem é você? ". Os olhos dela fitam a tela. 
_ Sou eu a Amanda! Parece que não, mas sou eu sim. - Ela responde sorridente - Não se preocupe eles não podem me ver e não podem ouvir você falando comigo. 
Olho para a garota de cima a baixo, suas roupas era um pouco escandalosas de mais, nas pontas que a saia joias valiosas as enfeitavam, e as unhas decoradas me lembrava muito a do Jasmine de Versailles, o arco em suas costas tem o formato de um raio... Ou algo assim era bonito, mas eu não vi flecha alguma...   
_ Então você também virou um ser de outro mundo... - Digo cruzando os braços. - Pensei que iria demorar mais para aparecerem. 
_ Sim, porém as coisas no seu reino mudou drasticamente, sua inimiga está tomando seus territórios aos poucos, até mesmo a floresta... Minha floresta já foi totalmente tomada. Por favor volta, precisamos de sua força ou seremos dominados. Você mesma viu  a situação daquele lugar... Por que não volta? - Pergunta ela enfurecida. 
_ Entenda.... Eu não sei o que está dizendo.... e tudo o que vi foi um sonhos, eles nunca acontecem na vida real. Eu não sei oque você está dizendo. 
_ Então eu lhe digo... Você é a rainha de uma enorme nação, todos te ama e você é considerada uma deusa... Tudo isso depois de ter conquistado uma das armas mais poderosas de todo o mundo, você se deram tão bem que se casaram, ele está fraco sem a sua presença e conseguiu salvar uma grande parte do reino, mas ele usou uma grande parte do seu poder e agora precisa de você para se recuperar e assim salvar aquilo que vocês dois conseguiram com muito esforço. Volte e salve não só a ele, mas a seu reino também. - Diz ela me olhando nos olhos. 
Varias imagens passam em minha cabeça. 
Uma menina de mais ou menos treze anos andando sozinha em uma terra morta, não consigo ver seu rosto, no alto de sua cabeça uma coroa cravejada de diamantes, seu vestido vermelho e suas asas brancas como a neve estavam sujos por causa da terra e da lama que estavam sob seus pés. Com uma espada em mãos e um escudo ela se dirige  até um enorme castelo no alto de uma montanha, a tinta preta nas paredes se confundia com o musgo e as pedras podres que havia ali. 
Ela entra no local e começa a olha para os lados, corpos de híbridos, animais mágicos e humanos estavam espalhados por ali, o cheiro de sangue pairava pelo local, nas parede internas mais e mais sangue e corpo. A pequena garota segue em direção a sala do trono. Uma enorme cadeira feita de ouro e prata com estofados de ceda se encontrava no centro da sala, que por incrível que pareça estava mais limpa que os outros cômodos, os olhos da menina percorrem a sala rapidamente. Assim que se vira para o trono novamente seus olhos se encontram com os de um lindo menino cabelos loiros, olhos azuis com um preto forte cobrindo as pálpebras e sua pele branca a encantava. 
Depois de algumas conversas ele a ataca com rapidez, sua habilidade de trocas de forma e se duplicar para lutar o deixava invencível forte, mas a menina sabia suas fraquezas e com um ataque gracioso ela apunhala o mesmo fazendo-o cair perto do trono, mesmo pequena ela possuía um poder incrivelmente  grande que podia ser sentido a quilômetros de distancia. 
ao tentar se levantar ele observa a menina que andava graciosamente até ele, as asas atrás de seu pequeno corpo brilhavam e arrastavam no chão provocando um barulhos agudo que se ouvia do outro lado do salão, a espada que estava em sua mão começa a brilhar em um vermelho sangue e os cabelos pretos estavam esvoaçando, um sorriso irônico decora o rosto do mesmo e a menina pode ouvir de sua boca um " Isso não é o final minha dama... Tenha piedade e eu lhe darei meu poder..." Grita ele com uma mão protegendo seu corpo e a ferida que a menina tinha feito. Um sorriso sincero apareceu no pequeno rosto da menina e com a ponta da espada ela entregou um parte de seu poder para ele. " Salvando sua vida eu faça esse pacto com você... Você é meu a partir de agora e assim se torna minha e apenas minha  arma suprema", diz ela com um sorriso no rosto. 
Ele se levanta e segue a menina que alça voo transformando o local em uma linda floresta, os corpo espalhados pelo local, a lama e a terra seca desapareceram dando lugar a várias árvores, flores, vida e animais, os corpo que estavam ali ganharam vida, todos voltaram da morte e o sorriso de gratidão enfeitavam seus rostos. 
O castelo atrás do menino tinha se transformado, de um preto noite cheio de musgo e sangue para um branco com detalhes em dourado cravejado de diamantes. Os servos que estavam mortos do lado de dentro, agora acenavam para o menino e para a menina que ainda sobrevoava o local.  
Os dois viveram juntos no novo palácio e juntos eles foram conquistando mais e mais lugares, com as habilidade de combate e magia dela e as transformações dele eles formaram uma enorme nação. Porém em um dia escuro e chuvoso a menina se perdeu em um caminho escuro perto de uma floresta negra onde nem ela nem seu companheiro conseguiam conquistar, um espelho feito de diamantes e flores atraiu a atenção da menina, assim que ela o tocou uma parte dela tinha se desprendido, uma outra tinha aparecido, com um colam vermelho, asas negras e dois chifres na cabeça sua outra metade a deixou perdida e sem saber o que fazer ela acabou caindo dentro do espelho e renascendo um outro mundo. 
Meus olhos estavam cheios de lagrimas. 
_ Essa menina sou eu? Eu sou de outro mundo... Isso só pode ser mentira, eu sou uma inútil que só está aqui para atrapalhar a vida dos outros, Eu amada por muitos... Se nem mesmo as pessoas aquém eu me declarei não me queriam, por que eu seria diferente nesse mundo? E não fique brava comigo, mas a um dia atrás eu mal sabia que esse reino existia. Porque tem que ser eu? Por que não pode ser outra pessoa? - Pergunto limpando as lagrimas que corriam no meu rosto. 
_ Se tem algo a fazer, não deixe que outra pessoa faça... Nós precisamos de você, Ele precisa de você, ninguém mais pode cobrir seu lugar. - Responde ela olhando para mim - A entrada para Reinaryt é o portão da cantina do Afiz... Para entrar você precisa dizer " Eis aqui a Rainha perdida de Reinaryt." Assim que entrar você renascerá no mundo que pertence a você quando colocar a coroa voltará ater a mesma idade de quando se foi... Se bem você tinha essa mesma idade né, mas... Por favor... Faça isso por nós. Recupere sua segunda metade e destrua a espadachim negra de uma vez por todas. 
Olho para Amanda preocupada e penso no assunto, Amanda sorri satisfeita, antes mesmo de eu pergunta-lhe quem era o garoto das minhas lembranças ela já tinha sumido e tudo a minha volta tinha voltado ao normal. 
Tento pensar em outra coisa durante o trabalho, mas não dá, meus pensamentos se voltam apenas para a forma de Amanda e o que ela me disse. Depois de quatro horas e mais um pouquinho esperando o outro estagiário, me despeço da minha amiga professora Eclair e volto para casa pensativa, analisando as opções de ir ou não para esse lugar.Ao entrar em casa escuto minha irmão teclando lago no computador, preparo minha comida e vou comer, converso um pouco com ela vou assistir TV enquanto ela se arruma para ir trabalha, ela almoça e sai para o trabalho.  
Entro no quarto para mexer no computador, assim que me sento ouso alguém me chamando, uma voz um   tanto fraca, mas forte, fui até a porta para ver se era no portão, mas não tinha ninguém. Ao entrar no quarto vejo o reflexo borrado de um homem de mais ou menos vinte anos na tela do computador, seus olhos azuis bem marcado de preto nas pálpebras, o cabelo loiro platinado desaparece e a voz se aproxima de meus ouvidos.  
Me viro para trás para ver se tinha alguém atrás de mim, mas não vi ninguém. 
_ Mas que Rainha teimosa você é... Se bem que já era assim desde o dia em que te conheci, pequena e frágil, descalço com uma espada em mãos e uma magia maior do que a minha, tenho mil motivos por ter me apaixonado loucamente por você... Te dei minha vida e mesmo sabendo o que estou passando você não quer voltar... O que esse mundo tem? O que ele tem que eu não posso te dar? Porque não quer voltar para mim? - Pergunta ele próximo de mim, posso sentir se hálito, é doce e tem cheiro de chocolate. 
_ Onde está? Porque não aparece? Quem é você? 
Uma risada sexy invade minha mente e sinto algo me abraçando por trás e me puxando para a cadeira forçando-me a sentar. 
_ Estou mais perto do que você pensa minha amada! Eu não posso aparecer para você... Não ainda, e não posso dizer quem sou... Apenas aguarde meu amor, não vejo a hora de me mostrar a ti - Ele passa a mão em minha barriga, o toque é carinhoso e confortante, meu corpo estremece ao senti-lo, sua respiração tocava minha pele com leveza, provocando arrepios - Apenas eu posso te fazer feliz, assim como apenas você pode me fazer feliz... Eu sou um apenas com você. Sou seu pior lado e você o meu melhor lado nos completamos e você sabe disse, mesmo que tenha esquecido o seu passado, posso te fazer lembrar as coisas que passamos juntos. Só venha até mim e eu te mostrarei o seu passado. 
Sinto a mão deve se afastar, novamente meu corpo se esfria, sem seu toque, sem se hálito. Não sei quem ele é, não o vejo, mas  sinto como seu o conhecesse tão bem, o seu toque era conhecido pelo meu corpo e eu sabia disso. 
_ Sei que você vai voltar para mim minha rainha... Até mais - Diz ele me beijando.  
Não o via, mas o sentia. 
Passei a tarde inteira pensando nele, o rosto que vi na tela do computador não saia de minha mente, e eu ainda conseguia sentir o beijo que ele me deu.  
A tarde passou rápido, eu estava escrevendo quando ouvi os passos de minha irmã na porta. 
Demoro o que ouve? 
_ Me prenderam na sala... Já que os professores estavam usando ela, tive que ficar e esperar eles saírem.  
_Entendo. - Digo voltando a escrever. 
Depois de algumas horas minha mãe chega com várias sacolas, eu a ajudo a entrar e vou fuxicar o que tem nas nelas. 
_ Mais você só pensa em comer é? - Pergunta ela olhando par mim - Ai não tem comida não... 
_ Eu sei... só estou verificando. -  Responde sorrindo.  
"Essa mania você não perdeu" diz a voz de meu outra pessoa, ao olhar para o lado vejo minha mãe parada, assim como minha irmã e a TV, as coisas estavam paralisadas e apenas eu podia ver. Ao olhar para o lado vejo uma pessoas encostada no sofá, um homem alto moreno, com uma armadura igual a de Lucas, porem a espada era de ouro e bronze com mini pedaços de esmeraldas. Ele me encarava de uma maneira que já tinha visto antes. 
_ Danilo? - Pergunto alto sabendo que ninguém iria me ouvir - Que isso as coisas estão tão ruins assim? 
Ele me encara sem dizer nada, me aproximo cautelosamente, seus olhos me avaliando me deixam nervosa, assim que chego na sala ele me pega pelo braço e me puxa para o quarto. Tento me soltar mas é impossível, ele é mais forte do que o que eu conheço, ele me prensa contra a parede e fica me encarando. 
_ Quando pretende voltar?  
_ Lá vem... Olha eu ouvi isso durante o dia inteiro... Primeiro a Amanda, depois o cara misterioso que não quer me falar seu nome e agora você... Vocês estão tramando alguma coisa? 
_ Deixa de brincadeira... O que está acontecendo é serio, se Ele morrer estará tudo acabado. 
reviro os olhos com aquelas palavras, todos diziam a mesma coisa, mas ninguém explicava nada, isso estava me deixando maluquinha.  Empurro o mesmo e volto para a sala, os olhos do mesmo me seguiram. 
_ Que estranho não... Em Reinaryt eu sou apaixonado por você... E aqui eu apenas sou seu amigo... - Olho para ele pelo canto do olho, ele só podia estar brincando com a minha cara - Eu poderia faze-la se apaixonar por mim, mas tenho que esperar... - Me viro para ele e o encaro. 
_ Depois do que eu passei com o daqui não duvido que você seja da mesma maneira, de vocês homens quero é distancia e muita se possível. 
Ele sorri e levanta as mãos para o alto, sua cabeça estava baixa e seu sorriso radiante. 
_ Como quiser... Por enquanto. Entenda... Ela vai entrar em ação, e quando ela acabar com o nosso reino ela vira para o seu mundo, que terminar isso lá ou ser obrigada a ver as pessoas que ama morrerem? Ou sofrerem? Pensei bem, seus amigos e familiares todos mortos ou trabalhando feito escravos, sendo chicoteados? 
Suas feições são sinceras, por mais que seja de outro mundo, ele ainda continua o Danilo bobo que eu conheço, bobo e sincero. Me aproximo dele lentamente e abaixo suas mãos e encosto minha testa na dele. 
_ Não se preocupe... Você pode ser tarado, mas está apenas preocupado com o lugar que pertence a você, e quer cuidar dele. 
_ E de você... - Diz ele desaparecendo, tudo volta ao normal, tento retirar a vermelhidão do meu rosto. 
Mas como eu fui fazer isso? " Pergunto para mim mesma.  
Fico algumas horas jogando no celular para esquecer o que tinha acontecido e tentar achar uma alternativa para encerrar isso de vez, mas as coisas que penso me levam a apenas uma única alternativa... Ir até lá e resolver como uma verdadeira rainha. Mas nem lutar eu sei, não sei nem se isso é verdade, estou quase dizendo em voz alta " Só sei que NADA sei ". 
Como alguma coisa e vou me deitar, continuo mexendo no celular até que minha irmão e minha mãe decidem dormir. Assim que as luzes foram apagadas desligo e celular e desativo o despertador para que não me acorde, assim que me viro de lado fecho meus olhos tentando não pensar no que tinha acontecido. Segundos depois estava dormindo. 

~ º ~

3º A pior das melhores viagens da minha vida. 


Novamente me encontro no mundo de meus sonhos, estou descalça com um vestido longo vermelho, em minhas costas um par de asas brancas  com a neve, estou parada em frente a um riacho, ele é azul bem clarinho, tão limpo que dava para ver o seu fundo, vários peixes passaram perto da borda. Do outro lado do lago, posso ver que a floresta que estava parcialmente tomada agora estava com exatos 90%  de seu território escuro, a morte passava pelo local e acabava com tudo que estava em seu caminho, todas as formas de vida que viviam ali corriam para salvar suas frágeis vidas.  
Posso ver mais além, várias mãos pegavam Elfor e animais e os puxavam para a escuridão que vinham atrás delas, os gritos se se ouviam tiravam a paz do meu lado do lago. 
Mesmo sabendo o que acontece não consigo me mexer... Não sei o que fazer, com rapidez a escuridão avança para a minha parte. 
Uma menina de longos cabelos pretos aparece em minha frente, seu arco estava apontando para a escuridão e as flechas apareciam como magica em suas mãos, elas era poderosas, porem a magia sombria que estava em sua frente era maior, em um movimento rápido ela me empurra para trás e ataca as sombras, mas é puxada para dentro, os olhos da menina fora as ultimas coisas que vi.  
As mão voltam para a floresta, porém deixaram seu rastro, as águas do lago estavam escura e os peixes que estavam ali agora estavam mortos boiando na beira do lago. Levo as mãos para a boca e fico observando a cena, o homem de cabelos loiros se aproxima de mim e observa o local, conversamos um pouco sobre o que havia acontecido, ele conforta minha cabeça em seu peito e eu o abraço. De longe ainda conseguia ouvir os gritos dos habitantes do local, alguns corvos voaram em direção a floresta á procura de carne. 
Assim que viro para trás, vejo a mim mesmo, a menina de longos cabelos negros, cifres na cabeça e os olhos castanho e preto estava parada em minha frente me analisando, o homem entra em minha frente e ela levanta seus mãos com as unhas pontiagudas para o ar. 
_ Calma... Eu não vou fazer nada só vim conversar. - Diz ela com um sorriso no rosto - Eu só vim te avisar que isso é o que vai acontecer caso não volte... Assim que todos estiverem sob meu controle eu usurparei seu trono e governarei esse lugar. 
Ela avança para cima de mim seu olhos refletem a minha aflição, assim que ela chega perto de mim a escuridão coma meus olhos. 
Acordo sem folego, já era mais ou menos umas dez horas da manhã, olho para os lados para ver se não tinha ninguém e sussurro. 
_ Isso de novo... Já é a decima vez...  
Fazia um bom tempo desde a ultima vez em que os vi, o ultimo foi o Danilo, era o que eu pensava, ainda lembro como se fosse hoje. 
Estava eu e minha mãe em uma importante avenida de São Paulo quando sinto alguém atrás de mim, sempre que me virava não via ninguém, estava indo comprar meu vestido de formatura visitamos varias lojas, mas em nenhuma consegui achar o vestido perfeito. Todos era cheios de flores, rosa gritante, apertados, cheios de babados e brilhinhos, até que cheguei em uma, todos estavam em promoção, meu olhos pousaram em um vestido roxo tomara que caia, ele tinha um pano mais fino por cima do vestido que era um pouquinho mais claro, era lindo, assim que o vesti e fui olhar no espelho as coisas ao meu redor pararam e uma menina vestida de branco com grandes asas de anjo atrás das costas me observava, conversamos por um momento, mas era sempre a mesma conversa... Você tem que voltar. 
Depois que ela "desapareceu" terminei minhas compras e voltei para casa, naquela noite eu não tive nenhum tipo de sonho, mas sentir alguém comigo, não me importei, estava tão cansada quem nem quis saber. 
Depois na formatura, sem querer me deparei os dois Danilo em minha frente, ambos falavam a mesma coisa, porém um não saia de perto de mim, sai para fora e fui tentar faze-lo parar o tempo, mas foi inútil de sua boca só ouvi um "Estou apenas me divertindo, longe dele" Queria dar-lhe um tapa forte no rosto, mas não podia. Minha noite foi maravilhosa, tirando essa parte. Logo depois disso, algumas semanas depois, esse sonho, era sempre o mesmo, o que mudava era as pessoas que as sombras levavam para a floresta.  
_ Chega...  
_ Chega o que menina? - Pergunta minha tia me olhando. 
Olho para o mosqueteiro que envolvia a cama e depois para ela 
_ Esses pernilongos aqui não me deixam dormir. - Digo olhando nos olhos dela e rindo. 
Me levanto, arrumo meu cabelo e as minhas roupas, eu, minha mãe e minha irmão tínhamos ido passar as ferias na casa da minha avó, um sitio nos quintos de Pernambuco, um local incrivelmente tranquilo, as casinhas eram quase sempre longe uma das outras, se alguém ligassem o som alto bem longe, podia-se ouvir na casa da minha avó, o sitio é grande, perto dali tinha duas casas descendo mais tinha algumas outras e no fim da pista a casa da minha prima e da avó dela. 
Depois de tomar meu café fui andar pelo pequeno sitio, o sol está incrivelmente quente, minha pele parda voltava para São Paulo bem queimadinha, mas eu gosto, no sitio tem uma vaca, um boi, um bezerro, três cabras e seus filhotinhos, galinhas e um burrinho para carregar água. La tem duas árvores, uma perto da casinha do meu tio, e a outras perto do curral do gado, lembro de quando elas eram usadas para fazer balanços para mim e para minha irmã, como crescemos isso não era mais possível. Uma rajada de vento sopra atrás de mim, as folhas das árvores balançam violentamente, a areia que cobre o chão voa, tampo meu olho para que não entre, mas é inútil. 
Depois de algumas horas sem fazer nada, decido ir junto a minha mãe para a casa de uma de suas conhecidas, a casa é bem longe da casa de minha avó, e a maneira de chegar mais rápida é pelo meio do mato. Falando assim parece que o local é uma floresta, mas não era não, tinha poucas árvores e o único mato que tinhas era gramíneas que forrava o chão, um fino caminho de areia era visível por ali, se olhassem em volta veria uma típica imagem de cerrado Pernambucano.  
Caminhamos por um bom tempo até chegarmos, a casa dela fica em frente a um lindo lago, o local é bem simples, no teto avisto um marimbondo vermelho, com medo corro para a cozinha e fico perto de minha mão e de nossa anfitriã.  
Depois de um bom tempo na cozinha nos enchendo de bolacha fomos para a sala assistir televisão, saio para ver o local, já tinha ido ali varias e varias vezes, tínhamos que visita-la toda vez que viajávamos para aquele lindo lugar. Sinto um vento frio vindo do lago e me aproximo aos poucos para ver o que é, meu coração salta da boca quando vejo uma menina de cabelos curtos e uma roupa bem extravagante mexendo na água, assim que seu dedo toca a superfície o lago vira gelo puro, me aproximo cautelosamente, um galho sem querer se quebra quando chego perto, ela olha para mim e sorri. 
_ Quanto tempo... Aqui é lindo! Bem pacato. Combina com você! 
_ Raissa? Deixa eu adivinhar é a do outro mundo?  
Ela sorri novamente para mim, poderia reconhecer aquele rosto redondinho, os olhos puxados e o sorriso em qualquer lugar, ela ajeita a pequena cora de cristal em sua cabeça, o vento vindo do lago passa entre nós novamente. 
_ Sim e vim te avisar que a coisa está pirando... Quantas vezes teremos que mostrar o que acontece lá? - Pergunta ela limpando a bota com detalhes em cristais de gelo. 
_ Você não me mostraram nada... - Respondo colocando as mãos na cintura. 
_ Você acha mesmo que uma pessoa normal sonha a mesma coisa varias vezes meu bem? Aquele sonhos são visões... Você está conectada com aquele mundo, assim como ele esta conectado com você. - Diz ela olhando nos meus olhos. 
Me viro de costas e tento entender o que ela acabou de dizer, se meus sonhos são visões então meus amigos estão sendo raptados? Isso significaria que o Danilo de Reinaryt estava dizendo a verdade, se eu não voltar elas vem até mim... 
_ Me diga de uma vez por todas... O que eu sou... Além da tal rainha perdida. O que é esse reino? O que eu sou? E como ele está conectado a mim? 
_ Calma - Ela constrói um trono e pede para que eu me sente - Vou te contar o que esta havendo e tentar te mostrar o seu passado, afinal fui eu quer te deu a ideia de formar esse nação. 
Tento me acalmar, o trono é feito de gelo, mas não é frio, confortável e resistente ele não derreia na luz do sol, estávamos em um canto do terreno longe da casa da amiga de minha mãe, como não passava pessoa alguma não me importei em conversa com ela, mesmo vendo que tudo estava normal. 
_ Bem quando éramos pequenas, vivíamos em meio a população comum e sofrida de Reinaryt, nascemos lá, e quem governava o local era a Eve, mais conhecida como Espadachim Negra. Ela retirou todos os recursos naturais de nossa terra, deixou a população morrendo de fome vimos tantas e tantas pessoas morrerem por causa dela e não podíamos fazer nada. Quando descobrimos que ela não conseguiu a arma suprema do reino, você e eu começamos a treinar sua bondade e inocência fez com que a vila inteira colocassem suas esperanças, raiva e felicidade em você, lhe dando uma magia incrível de controlar os elementos, como eu era usuária de gelo, começamos a treinar juntas em um canto isolado da floresta. Seu tio lhe fez uma espada e um escudo, com eles você derrotou tantas e tantas pessoas que queriam destruir a vila. Anos depois te dei a ideia de ir atrás do... - ela dá uma pausa - Dele... Para assim conseguir conquistar a coroa e renovar o reino, depois de muita insistência minha, você seguiu até o castelo dele... 
_ E depois de uma breve batalha eu conquistei a arma suprema do reino e conquistei a coroa. - atrapalho ela. 
Em meus olhos agora um cenário de destruição, eu estava no corpo de uma menina de mais ou menos cindo anos, ela olha para sua amiga e depois para os castelos em sua volta. 
_ Porque ninguém pode chegar lá... É injusto. - Digo sem querer. 
_ Pois é, mas não temos escolha.  
Voltamos para casa e depois de algumas semanas um dos aldeões informa a população que a rainha estava uma fera por não ter conquistado a arma suprema do reino, um menino de oito anos que a enganou de tal maneira que a mesma ficou mais raivosa do que já era. Raissa olha para mim e me leva para o meio da floresta onde costumávamos brincas, o local é cheio de raízes podres, animais mortos e ossadas de humanos que não conseguiam sair dali e acabavam morrendo.  
_ Você pode conquistar esse lugar... Você é boa, e não disseram que uma pessoa que tem suas duas partes controladas pode conquistar essa arma que ela tanto queria e conquistaria o reino? 
_ Sou apenas uma criança não sei o que isso pode significar... - Respondo olhando para ela que sorria animadamente. 
_ Vamos treinar!  
Nos duas começamos o treinamento, depois de um tempo, meu tio me entrega uma espada e um escudo ambos feitos de bronze. As pessoas do vilarejo selaram em mim sua confiança me fazendo carregar sua raiva e felicidade, eu ganho os poderes e começo a treinar e conquistar os campos que a Rainha negra tinha tirado de nós. Depois de um bom tempo eu e Raissa nos encontramos no alto de uma montanha conversando, é quando ela insiste para que eu vá atrás do tal menino que conseguiu enganar e derrotar a rainha. Por muito tempo eu recusei, mas no fim acabei aceitando. Minha mãe faz um vestido vermelho para mim, ele tem uma saia curta na frente e a saia de trás é enorme arrastando no chão como as da rainha negra. Como na aldeia não tinha sapatos eu o vesti e fui atrás dele, ao longo do caminho me deparei com vários e vários inimigos, que acabaram destruindo a saia de trás do vestido, ela ainda continua grande, mas sua calda estava em farrapos, meus pés estavam sujos e minha espada cheia de sangue. 
Assim que eu cheguei no castelo volto para a vida real, Raissa ainda está em minha frente, o lago já tinha descongelado e ela coloca em minha frente um bolinho, eu respiro fundo e olho para o céu azul acima de nós ,depois para a pequena casinha a direita vendo minha mãe e sua amiga conversando animadamente na sala. Raissa oferece o bolinho para mim, um cupcake de chocolate e um pouco de chá gelado. 
_ Obrigada! - Agradeço pegando o pequeno bolinho. 
_ O que vai fazer? 
_ Eu só quero saber uma coisa... O que ela fez e o que está fazendo com Reinaryt? 
_ Você não vai querer saber... -  Encaro-a com raiva, ela me retribui o olhar ... - Ela está reformulando o reino, quase todos os reis e Rainhas aliados a você foram capturados e agora trabalham para ela, são prisioneiros, ela esta retirando todos os recursos naturais do planeta inteiro e fazendo os pobres seus escravos. Pessoas morrendo, florestas mortas, animais e seres mágicos morrendo sem comida, uma nação inteira implorando por migalhas ou água podre, tudo para sobreviver. 
Meu coração aperta, Como alguém pode ser tão mal ao ponto de fazer isso com seus servos? As coisas não estavam ruins estavam péssimas, eu precisava voltar, mas e as coisas desse mundo como ficariam? Minha cabeça da voltar, entre as duas realidade havia apenas uma que precisava de mim de verdade, e eu a rejeitava, sem saber do sofrimento que seus habitantes tem tido. Mal sabia eu que uma ligava a outra. 
Eu e Raissa conversamos por mais alguns minutos antes de ela voltar, o fim da tarde se aproxima rápido e a noite começa a cair. 
Entro para dentro e fico apressando minha mãe, não gostava de andar pelo meio do mato de noite principalmente lá, mesmo sabendo que fantasmas e os animais do folclore brasileiro não existe, ainda tenho medo de passar ou olhar para o meio do mato, tudo isso por causa das historias que minha mãe e minha tia já viveram naquele lugar, Fantasmas que aparecem do nada a seu lado, pedras que pegam fogo, um casal de primos que morreram e ficam assombrando a casa que moravam juntos, lobisomem, Chupa cabras e tudo mais, isso me deixou traumatizada, lembro como se fosse hoje o dia em que minha mãe tinha me dito que viu um suposto Lobisomem quando ela estava voltando da escola de noite e o tal bicho correu atrás dela e no dia seguinte só se viu as patas dele no meio da plantação, ou quando meu tio estava voltando para casa no seu cavalo quando algo pulou em cima do cavalo, fazendo o bicho disparar e nada do que meu tio fazia conseguia controlar o cavalo, quando o cavalo entrou no currando do gado e bichomeu tio não viu nada só sentiu. E as diversas historias de fantasmas que ela e minha tia já viram, segundo minha tia ela ainda vê, mas não tem medo, se uma coisa dessas acontecem comigo ou eu sofro um ataque cardíaco ou saio correndo gritando! 
Quando minha mãe decide ir embora a lua já brilhava alta no céu, minha sorte é que era lua Cheia, com medo de cobras e outros tipos de coisas, me agarrei no braço de minha mãe e fui observando o caminho, estava lindo, mas com um tonzinho de terror por algumas partes, principalmente as partes cheias de árvores, evitava olhar para que não me surpreendesse, meus olhos vasculhavam cada local por onde passávamos. 
_ Devíamos ter aceitado a lanterna - Digo olhando para minha mãe. 
_ Que nada, a Lua esta cheia dá para ver muito bem o caminho... Pra que lanterna? - Responde ela me guiando. 
_ Pra que... Pra iluminar o caminho né! - Responde olhando para o chão. 
_ Olha a cobra... - Dou um salto para trás me controlando para não gritar, assim que olho para ela vejo que ela aponta para um pequeno tronco retorcido no meio do caminho. 
 _ Para com isso... - Digo tentando controlar as batidas do meu coração.  
Depois de um longo tempo de caminhando, chegamos a casa de minha avó, atravessamos a porteira da casa da vizinha e entramos, eu como alguma coisa e vou assistir televisão junto com minha irmã, e meus tios tanto os de Pernambuco como e de São Paulo, sou muito apegada a ele, mesmo sendo um tio ele é como uma pai para mim, junto a minha mãe educou. Ele e eu no mesmo local era sinal de briga. 
Assistimos a alguns programas que passava na televisão, depois fomos todos dormir.  
No meio da noite me acordo assustada, aquele mesmo sonho que me atormentava agora levava para dentro da escuridão meu tio, e as águas negras do lago agora se estendiam para a grama que havia ali. Do lado de fora da casa escuto um uivo aterrorizante, olho para a cozinha e vejo a luz ligada, minha tia fazia isso para que não acordasse totalmente picada pelos pernilongos, minha irmã dormia a meu lado tranquilamente, no chão minha mãe dormia com um colchão que minha tia guardava. Volto meus para o telhado e fico vendo os pequenos pernilongos rodeando meu mosquiteiro e o de minha mãe esperando o segundo que nos moveríamos e encostaríamos nossas corpos no finíssimo pano cor de rosa, para que conseguissem beber nosso sangue, esses mini vampirinhos infernizava minha vida quando ia para a casa de minha avó, fecho meus olhos e volto a dormir. 
No dia seguinte, eu e minha irmã estávamos sentadas no terraço da casa, minha irmã na rede e eu no chão jogando no notebook, ambas descansando de tanto fazer nada.Meu tio estava tentando andar de moto, foi a melhor coisa que aconteceu naquele dia, sem saber andar nem nada, ele pediu ajuda para o amigo dele e foram tentar aprender, sem querer ele acelerou a moto e não conseguia parar, a moto foi e ele ficou correndo atrás dela, ele desistiu na hora. 
No dia seguinte depois de uma noite meia turbulenta, fomos para o batizado de um sobrinho de minha tia, eu minhas primas, minha mãe, minha irmã, minha tia e meu tio quase a família toda tinha ido, na igreja provavelmente tinha tido um casamento no dia anterior, já que o chão estava cheio de grãos de arroz e flores. O batizado foi rápido, tiramos algumas fotos e fomos almoçar na casa da mãe do menino, a festa foi bem legal, no fim minha irmã e eu fomos para casa de moto, ela com um conhecido de minha tia e eu com meu tio Pedro, estava com medo, mas foi bem legal, na vida tudo tem um primeira vez não é. Eles nos levaram para casa de minha avó o dia estava quase caindo quando minha mãe e a tia Cícera chegaram. No outro dia meus tios chegaram, eu estava mexendo no meu notebook quando vejo algo que eu não tinha escrito na pasta de documentos, nas fotos, uma menina de cabelos negros junto a um homem de quase vinte anos se divertiam em um lago, em outra eles se beijavam e em outra um castelo. Meu coração salta da boca quando a imagem do homem das fotos aparece na tela do notebook, coloco os fones e começo a ouvir o que ele tem a dizer. 
" Minha amada... Seu tempo esta acabando, creio ser tarde de mais... Creio que já fui raptado por ela, mas eu não te esqueci. Assim que voltar poucos serão os aliados que você terá, aqueles que conseguir se salvar iram te ajudar e eu suplico para que não me odeie depois que descobrir as coisas horríveis que fiz para que ela não entrasse no mundo em que você se encontra. Mesmo ai, sua magia é ofuscante, volte e recupere o que é seu e como punição me deixe a mercê dela. Pois já não quero vê-la, eu recuperei meus antigos poderes e já não preciso dos seus poderes para me manter, ela me deu mais do que eu precisava. Mayu eu te amo... É para manter esse amor e manter você viva que eu me afastei e me juntei a ela." 
Meus olhos ardem, depois disso as fotoso documento que ele tinha escrito e o rosto dele some e eu olho para o além, o tempo a minha volta para, mas eu não ligo mais, uma menina de cabelos pretos, vestindo um top roxo com detalhes em preto e dourado, um mini short roxo com detalhes em branco, uma bota preta de cadarço e uma capa preta com uma coroa bordada em dourado em sua mão um cajado com uma pedras valiosa brilhando. Não me atrevo a olhar para ela, me aguento para não chorar, meu olhos se levantam. 
_ Ele já... ? - Pergunto me levantando. 
_ Sim... Há três dias... Sei que falta apenas mais uma noite para você voltar, mas pare de pensar e haja um pouco... - Pede ela. 
_ Obrigada pela dica Maninha... 
_ Você me reconheceu? - Balanço a cabeça e sorrio - Bem... O que vai fazer? 
_ Voltar... Voltar para onde eu não devia ter saído. - Respondo olhando para o notebook. 
_ Você vai ter que levar o Lucas , já que ele viu o seu outro eu... Ou então ele vai morrer, Quando chegar seus aliados vão fazer você se lembrar de algumas coisas, o necessário para conseguir recuperar os seus antigos aliados, e a confiança das pessoas das outras vilas. Não se preocupe, a você desse mundo não vai sair... A verdadeira Mayu vai renascerá no seu mundo. 
Olho para ela e depois para as pessoas dentro da casa, meu coração aperta ao ver que estão todos se arrumando para amanhã, foi legal em quanto durou, mas eu não posso ficar por muito tempo. 
Minha irmã vai embora, eu fico olhando para o nada durante um bom tempo, a noite mal consegui pregar os olhos, nos despedimos de todos da casa com a emoção de sempre, observo o local e seguimos para o aeroporto, depois de um bom tempo a espera entramos no avião e seguimos para São Paulo, no meio da viajem uma pequena turbulência amedronta todos dentro da aeronave, do lado de fora raios e trovões, estávamos no meio de uma tempestade de raios as nuvens negras e os raios passavam a poucos centímetros da aeronave, todos urraram quando o avião desceu com tal velocidade que os gritos ecoaram pelos meus ouvidos, segurei a cadeira com força, assim que o turbulência parou tento acalmar as batidas do meu coração, já passei por uma, mas ela não foi tão forte assim. Eu e minha irmã nos olhamos e sentimos o avião subir. 
A Didi, uma amiga de minha mãe foi nos buscar no aeroporto com seu marido, dormimos na casa dela, nessa noite não sonhei com a destruição de Reinaryt, mas sim com as diversas vezes que eu e meu servo estávamos juntos, por diversas vezes eu o chamava, mas não sabia porque não conseguia ouvir seu nome. Eu brigava com ele e ele me beijava, em uma noite clara ele me olha nos olhos e diz que eu não podia me separar dele, pois eu era sua única dona, e a única arma que terá poder em minhas mãos é ele, sem ele eu não conseguia lutar. Me acordei com essas palavras em mente, meu coração palpitava, pela primeira vez eu vi seu rosto com um pouco mais de definição. 
Voltamos para casa um pouco tarde, alguns dias depois eu pessoa para Lucas me esperar na frente da escola, ela estava aberta e tinha algumas pessoas ali. 
_ Como vamos passar? - Pergunta ele olhando para mim. 
_ Não sei estou pensando... Se eu soubesse como eu paro o tempo... 
_ Não apenas estalar os dedos ou algo do tipo? - Diz ele estalando os dedos, as coisas a nossa volta começa a parar até que ficam imóveis. 
_ Você é incrível! 
Ele sorri e entramos, o portão estava aberto, caminhamos até a cantina. 


4º A minha chegada


~º~

O portão que levava para Reinaryt estava aberto, eu entro e digo as palavras que Amanda me orientou. 
_ Eis aqui a Rainha perdida de Reinaryt. 
Esperamos por alguns minutos e uma luz quente ilumina o fim do pequeno corredor. Ela é rosa e branca com pequenos tons de roxo e azul, quando fechamos o portão ouvimos passas aceleramos pela cantina, olho para Lucas e depois para o portão, os passos seguem para o portão da cantina, olho pela fresta para ver quem era, o cabelo preto e os óculos me era bem reconhecíveis. 
_ Amanda? - Pergunto abrindo o portão. 
_ Sim... Pensou que iria me deixar para trás? - Diz ela colocando a mão na cintura e rindo. 
_ Como você sabia? - Pergunta Lucas olhando a mesma de cima a . 
_ Não sei, senti vontade de vir aqui e vi vocês dois, então decidi te seguir e ouvi o que você disse, vi até quando as coisas pararam. - Responde ela olhando para os lados. - E não estou só. 
Amanda aponta para o fim da cantina. 
_ Raissa? 
Ela anda em minha direção. 
_ Ia ir sem mim né! 
_ Bem... Eu pensei que iria te encontrar lá... - Tento me explicar mas é inútil. 
_ A outra já me contou tudo... Eles estão tão desesperados que pediram ajuda para seus mortais, a coisa deve estar mesmo feia. - Responde ela com seu jeito de diva. 
Fecho o portão e seguro na mão de meus amigos, será que eles sabiam no que estava entrando? Nessa hora eu já não me preocupava, eu estava com eles e é isso que importa, os que estão aqui irão proteger a outra que será melhor do que eu jamais fui. Olho para eles e seguimos para o enorme portal, juntos agora é para sempre. 
Caímos dentro de um túnel de luz, era como um escorregador infinito, não se via o começo nem o final, eu, Raissa, Lucas e Amanda segurávamos uns nos outros, eu na frente, Raissa, Amanda e Lucas atrás, dávamos voltas e voltas, as únicas diferenças da toca do coelho da Alice é que o túnel e feito de luz e não tinha moveis enfeitando o local, mas sim, pequenos pontos brilhantes, conforme o túnel ia escurecendo pude notar que essas pequenas luzes que brilhavam em diversas cores ia aumentando, seu brilho incomodavam meus olhos, minha pele ficou irritada e comecei a sentir pequenas picadas nos braços e no rosto, minhas roupas tinham sumidos e pelo que pude notar pelas pernas da Raissa as dos outros também, nos corpos brilhavam e cintilavam com mil pequenas constelações de estrelas. 
Descemos mais um pouco, um vento gélido toca nossa pele de tal maneira que sinto meus músculos congelarem, nossa velocidade dentro do túnel não ajudava em muita coisa.  
_ Se está ventando isso significa que estamos chegando? - Pergunta Lucas. 
_ Acho que sim, mas porque sinto que não vai ser da melhor maneira? - Digo olhando para o céu estrelado que se aproximada de mim e meus amigos. 
O nosso transporte interestelar chago a seu fim, e como eu suspeitava estávamos flutuando no meio do céu, com um reflexo olhamos para baixo, estávamos a mais ou menos quarenta e cinco mil pés o que seria treze quilômetros até a terra. Meu coração salta do peito quando começamos a cair, nossos gritos ecoa pelo meu ouvido junto com o uivo do vento que entrava pelos meus ouvidos me deixando momentaneamente surda. 
_ Você tem asas use-as - Grita Raissa apontando para mim; 
Olho para o lado e vejo a ponta da asa, não sei como usa-las, apenas faço, elas se abrem e eu tento chegar até Lucas, ele estende a mão para Amanda e depois para Raissa, tento conduzi-los para o chão, mas o vento é mais forte e minha asas fazem mais que o dobro do esforço para manter a mim e meus amigo no ar, nos aproximamos da terra devagar, a pressão do ar já não é tão forte e em baixo consigo ver as árvores. 
Sinto o chão se aproximando mais rápido do que antes, meus olhos olham direto para a ponta de minha asa, elas estavam paradas, tento bate-las usando toda minha força, mas elas não se movem e caímos em direção a uma montanha. 
_ Eu não consigo mais mexer as asas. - Grita para eles. 
Os três me olham com medo, batemos um força no chão, mas não nos machucamos, a montanha é íngreme demais, eu sai rolando junto com a Amanda, Raissa e Lucas estavam escorregando pela lama que havia ali. Caímos em direção a uma poça estranhamente grande de lama que estava aos pés da montanha. 
Raissa e Lucas se abraçaram e eu e Amanda fechamos nossos olhos, paramos no centro da poça, nós quatro estávamos cobertos de lama dos pés a cabeça, eu, Raissa e Amanda tentávamos desembaraças nossos cabelos, Raissa ainda estava com os cabelos curtos, mas eu e Amanda estamos um pouco diferente, ela estava com orelhas pontudas e seu cabelo está incrivelmente grande assim como os meus, Lucas é o único que não mudou, apenas as orelhas de elfo que está enfeitam sua cabeça.  
Nos levantamos e tentamos seguir até a margem, mas a lama é pesada de mais, sinto algo se mover de baixo de meus pés é liso e com algumas escamas. Tento sair mas sou puxada para o fundo, em seguida Lucas, Amanda e por ultimo Raissa, alguns bichinhos pretos estavam grudados em minha roupas e minhas asas, Lucas me ajuda e seguimos em frente. 
Estávamos em uma caverna subterrânea, o local é úmido e posso ver em suas paredes joias raras, Diamantes, Safiras, Esmeraldas, Rubis e pedras da Lua, o local é bem bonito, mas cheira a estrume e enxofre, é insuportável e terrivelmente quente. A lama em nossos corpos estava secando e estávamos todos descalços, meus pés doíam e ardiam. 
_ Onde estamos? - Pergunta Lucas olhando o local. 
_ Eu sei lá... Espera diamantes não nascem em bocas de vulcões? Porque tem aqui em baixo? - Pergunto olhando para os diamantes na parede. 
_ Isso explicaria o calor e o cheiro de enxofre, mas um vulcão deveria ficar no topo de uma montanha e não aos pés dela. - Diz Raissa apontando para o teto. 
Andamos por um momento o ar no local começa a ficar pesado, ouso roncos de alguma coisa bem grande e abaixo de meus pés sinto algo duro e redondo, olho para baixo e me assusto com a ossada um forte cheiro de sangue começa a subir olho mais a frente e vejo vários e vários pedaços do que deveria ser braços, pernas, troco e cabeça a única coisa que sobrou foi os ossos e o sangue que fixou no chão formando uma tinta escura. 
_ Você que gosta de filmes de terror Lucas vai adorar isso... - Digo baixinho. 
Tampo a boca de Raissa e Amanda antes delas gritarem e aponto para a enorme criatura que estava dormindo em cima de uma pilha de ossos de tudo quanto é tipo. Ele é cinza, cheio de pelo, seu focinho achatado estava apontando para a parede onde estávamos, ele se mexia devagar, como se tivesse sentido nossa presença, sua boca cheia de dentes pontudos se abriu e pude ver que não fazia muito tempo que ele tinha comido, ele se virou novamente. Saímos devagar para não acorda-lo, assim que nos afastamos corremos para o outro lado da caverna. Ao chegar nos deparamos com um lago de lama, o cheiro que saia dele era de sangue e água suja. 
Um barulho estridente atinge meus ouvidos, alguma coisa grande corria pelos tuneis da caverna, damos as mãos e pulamos no lago, Raissa e Amanda guia eu e Luca, não era lama e sim água, olho para trás e alerto os outros da criatura que nos seguia, pelo visto o bicho que dormia tinha mesmo sentido nossa presença e veio para o lanche, Raissa, Lucas e Amanda se apresam e sou puxada. Sou a única que não sabe nadar, Raissa e Amanda distraem o mostro e Lucas me leva para cima, reclamo mas ele me joga para a margem.  
_ Mas olha em quem está aqui.  
Olho para trás assustada. 
_ Danilo por favor você tem que fazer alguma coisa, eles vão morrer... - Digo olhando em seus olhos. 
_ Melhor para mim... Um já foi agora é só ele acabar com os outros três e ficarei só com você! - Diz ele se aproximando. 
_ Eu imploro, salve-os... Por mim. 
Ele para bruscamente, um sorriso invade seu rosto e ele pula no lago, a criatura peluda é jogada para fora do lago, seu pelo agora estava preto, seco é assustador, molha então nem se fala. Amanda e Raissa saem carregadas por Danilo Lucas vem logo atrás, Danilo retira a espada da bainha e aponta para o mostro que o ataca, as unhas é do tamanho exato da lamina da espada, não sei como, mas sinto a escuridão dentro do animal é ela quem o controla, Danilo o golpeou, mas é inútil, a espada não o feriu nem ao menos conseguiu cortar o pelo do animal. 
Me aproximo devagar, ele se encolheu assim que cheguei perto, a escuridão que tomava seu corpo era grande, mas ele ainda resistia, toco seu focinho com carinho e o acaricio, um gruindo baixinho sai de sua boca, seu pelo começa a secar e ele desmaia, um pó negro sai de seu corpo e tenta me atingir, mas Danilo é mais rápido e o corta e dois, os pedacinhos de poeira correm para a enorme floresta atrás de nós.  
_ Ótimo! Bushyany pode se levantar! - Pede ele acariciando o pelo  fofo do animal que agora era branco e muito mais amigável - Pelo visto você cumpri-o sua palavra... Voltou para o seu reino.  
_ Eu só vim para consertar isso de uma vez por todas... - Respondo olhando para ele. 
_ Sei.  
Ele vai embora antes mesmo de conseguir dizer alguma coisa. Bushyany agora está a meu lado, ele anda até o lago, agradece e volta para a água, olho para trás e avisto a floresta que tanto me perturbava os sonhos, ela está bem a minha frente, e não tinha como entrar no reino sem passa por ela.  
_ Não me diga que... 
_ Isso mesmo! Vamos ter que entrar - Respondo para os três. 
Eles bufam e me seguem, seguramos as mãos e entramos, o local é escuro, nas árvores posso ver pontos minúsculos de uma luz verde, vermelha e amarela que brilham com a escuridão, estada de dia o sol, escuro, brilhava alto no céu, mas dentro da floresta uma luz roxa iluminava uma parte do caminho, um arrepio horroroso percorre minhas costas e para na ponta de minhas asas. 
Alguns animas se aproxima de nós, um alce, uma onça, um tigre, um veado e um cavalo. 
_ Eles parecem bem normais - Diz Lucas olhando para os animais que nos rodeiam. 
_ Eu não diria isso... - Afirma Raissa apontando para  um pontinho luminoso no meio da escuridão da floresta. 
Uma pequenina menina sai do meio da escuridão, rodeia Raissa, Lucas e depois eu e Amanda e se curva, ela faz sinal para as outras trezentas que se escondiam atrás das árvores, junto com elas um centauro, um sátiro, várias ninfas, grifos, harpias e outros animais mitológicos e não mitológicos nos rodeavam. 
Uma das fadinhas se aproxima de nós novamente, posso ver uma pequeninha coroa no alto de sua cabeça, ela é rosa, uma um vestido do que me parece ser ceda, pequenos sapatos cobrem seus pés e um par de luvas cobria as mãos, suas asas são azul claro e brilham em tons de branco e rosa as outras atrás delas são de cores diferentes apenas as asa eram iguais. 
_ Vossa majestade chagou tarde demais... - Reclama uma delas. 
_ Se essa for mesmo a Rainha Mayu e Amanda... - Diz uma das ninfas olhando a mim e a Amanda de cima a baixo. 
A enorme harpia que se encontrava em cima de uma das árvores pousa em minha frente e diz: 
_ Essa ser sim Rainha Mayu... Posso sentir seu poder. E essa ser nossa Rainha Amanda. Agora digam onde estiveram? - Pergunta a Harpia a nossa frente, seus olhos nos encarando me dava arrepios. 
_ Eu estava em outro mundo.  
AS criaturas começaram a sussurras, uns diziam que eu estava mentindo outros estavam desconfiados, apenas dois dos seres acreditaram em mim, o centauro e a harpia.  
_ Estamos falando a verdade... Eu recebi uma mensagem da Amanda desse mundo ela e os outros me mostraram a situação desse lugar e vim ver o que posso fazer... Mas pelo visto não era isso que vocês queriam. - Responde Amanda olhando para as ninfas a sua frente. 
_ Não ser isso que queremos dizer... Eu acreditar em vocês, nossa Rainha sumiu e aparecer você e fazer tempo desde o dia em que rainha suprema sumiu, pelo menos dezessete anos atrás, sua aparência, as asas, o cabelo e principalmente a marca em seu peito ser dela 
_ Desculpe, mas qual o seu nome? - Pergunta Lucas olhando para a criatura em nossa frente. 
_ Vamos conversar em outro lugar. - Diz o centauro apontando para as aves negras acima de nós. 
Suas plumagem preta como a noite as camuflavam na escuridão da floresta, um enorme bico bem pontudo branco com uns pontinhos vermelhos na ponta era a nica coisa que podia se ver dos animais, eles descem e ficam na copa das árvores, o centauro estende a mão e pede para que eu e Amanda subíssemos em suas costas, Amanda arruma minhas asas, que se encontravam cinzas, me fazendo cócegas, Lucas e Raissa sobem em um grifo que estava ali perto, saímos em direção a escuridão da floresta, no topo de uma montanha havia varias casinhas, um castelo rodeado de flores murchas, raízes e árvores todas sem vida, sem cor, assim estava toda a floresta, o cheiro de carne queimada, corpos em decomposição e enxofre pairava no ar. 
Os pássaros que estavam no topo das árvores nos seguem. O centauro olha para o céu e vê mais e mais aves se juntando. 
_ Eles querem você! - Eu olho para ele e depois para as aves. 
Raissa e Lucas se aproximam e pedem para todos nós nos espalhemos, olho para trás e vejo três das aves atrás de nos, elas são maiores de perto, seus bicos estão apontados para frente e pingava um liquido vermelho. As fadas os cegam e seguem o caminho. em seguida mais três das aves aparece em nossa frente, o centauro pega um arco e uma flecha e aponta para os dois pássaros, os animais que estavam conosco entram em uma caverna. 
_ Segurem-se. - Grita ele nos levando para a entrada da caverna. Eu e Amanda abaixamos a cabeça e seguramos nele conforme acelerávamos, o bico de uma das aves rasga a ponta de minha asa, a dor  corrompe minha alma e acabo arranhando dos braços do centauro na tentativa de reprimir um grito de dor. Ele olha para nos duas e acelera mais. 
Assim que entramos os pássaros somem e seguimos até um túnel subterrâneo, minhas asas doíam tanto que não consegui controlar e algumas lagrimas correram em meu rosto.  
O túnel é grande e brilhante, no fim dele uma enorme vila de sobreviventes, árvores magicas escondidas no subterrâneo, um rio clarinho e mais e mais animais resguardados da fúria da Rainha Negra. 
_ Você está bem mesmo? - Pergunta o Centauro me olhando. 
_ Si-sim... Ou mais ou menos, ainda dói muito. 
_ Serio e como você está aguentando, suas asas de brancas passaram para vermelho. - Raissa aponta para as extremidades das asas, já não havia mais penas, era apenas a pele e nada mais. O sangue molha as penas as tingem de vermelho, não me aguento mais, meu corpo está pesado e não consigo deixar meus olhos abertos e desmaio. 
Algumas horas depois, acordo meia tonta, demoro um pouco para me acostumar com a luz da pequena casa em que me encontro, a dor nas costas não é tão forte e meu corpo já não dói mais, Lucas se aproxima de mim e me entrega um copo de água e um bolinho. Ele me ajuda a me levantar quase caio com o peso de minhas asas, Lucas me segura e seguimos para fora onde se encontrava Raissa e Amanda conversando. 
_ Elas já foram ver o local, aqui é seguro. Mas temos que encontrar uma maneira de consertar esse lugar e voltar para casa. 
_ Sim... Mas antes temos que leva-los para o castelo central. Sua proteção natural impede que os inimigos possam tomas seus territórios. - Eu olho para a pequenina fada a nossa frente - Descansem por hoje.  
_ Quem é você? - Pergunta Lucas. 
_ Meu nome é Flaribi... A fama mestre. O centauro se chama, Doni e a Harpia Melodia. Todos nós estamos contando com vocês. 
Eu e as meninas vamos tomas um banhoFlaribi nos leva até uma montanha ali perto onde havia uma fonte termal, a água quente refresca minha pele, eu Raissa e Amanda começamos a conversar, minhas asas estão enfaixadas a água molha as faixas e as penas, tento não encostar a parte machucada na água fervente, Raissa e Amanda olham para mim de uma maneira diferente. 
_ É impressão minha... Ou o seu olho, esquerdo é totalmente preto? - Raissa aponta para o meu olho, não sentia nada diferente, olho para a água e vejo o reflexo de meu rosto. 
Era verdade, meu olho esquerdo é preto e o outro castanho, assim como a menina de meu sonho. 
_ Seu cabelo cresceu... E está liso. - Amanda corre a mão pelos longos fios de minha cabeça e os medem. - Incrível. Sem contar que você... Emagreceu! - Sinto minha bochechas arderem. 
_ Você pode nós contar o que é esse lugar? - Pergunta Raissa olhando diretamente para mim. 
_ Esse lugar é um mundo bem antigo, onde tudo tem u equilíbrio natural, tudo e todos tem dois lados, resumindo, esse lugar segue e teoria do yin yang onde diz que todo mundo no universo tem dois lados, o bem e o mal, porém uma lado não pode viver sem o outro ou então o equilíbrio é desfeito. No meu caso, eu fui dividida em duas, ela está junto a Rainha negra, matando e conquistado as terras que pertencem a mim... a parte branca sendo usurpada pela parte negra. O que eu consegui entender dos meus sonhos é que elas começaram seu massacre por essa floresta, meus olhos viram quando começou, as criaturas correndo para se salvar, e depois você Amanda foi capturada, você não se transformou na elfa que eu vi, e nem você Raissa. Eu acho que vocês duas está separas elas estão em algum lugar nesse mundo ajudando a Rainha a tomar os territórios de nossos aliados.  
Fecho meus olhos e sinto a água sente tocando meu novo corpo, sinto a magia que a água tinha e a magia que a própria floresta tinha. 
_ Você ainda possuem a magia... Posso senti-la, mas teremos que treinar para controla-los. O único que não se partiu em dois foi o Lucas. 
_ Se importa se entrarmos junto com vocês? - Pergunta três ninfas que esperavam na porta, olho par elas e peço para que entrem, junto com elas a harpia que nos ajudou. 
Depois do banho as ninfas me deram um vestido branco com detalhes dourados, ele tem uma fita dourada que separa os seios do resto do vestido, da fita para baixo ele é reto e bem soltinho, as ninfas fizeram dois rasgos nas costas para passar as asas. Raissa e Amanda estão com os mesmo vestidos apenas as cores mudaram o da Raissa e azul o de Amanda e Verde claro.  
Eu e Lucas passeamos pelo local enquanto Raissa e Amanda faziam o jantar junto as ninfas e as fadas. O sorriso das criaturas me enchem de esperançam, meu poder depende desse pequeno sentimento tão fácil de se perder e ao mesmo tempo tão poderoso. Meus olhos se enchem de lagrimas e um sorriso sincero surge em meu rosto, meu coração se aquece e ao invés de dor sinto um felicidade tão grande e indescritível. 
_ Ainda bem que eles estão bem! - Digo sem querer. - Será que eu posso refazer tudo o que eu fiz antes. Recuperar o castelo, recuperar minha arma, as terras, as pessoas, as vidas perdidas, as que já se foram e ainda por cima, fazer com que esse terra apodrecida volte a ser reluzente e cheia de vida. Será? 
_ São eles que a mantem poderosa, e é você que quem os mantem felizes e esperançosos, foi assim antes e vai ser assim agora. Foi com o  apoio e as esperanças de algumas pessoas que você conseguiu virar a mais poderosa, pode que duvida de suas habilidades? Confie em seu súditos, amigos e familiares e eles vão lhe dar a força, o poder e a confiança que você precisa ter em seu coração. Tire esse poder de dentro da sua alma, ela não vai mentir. - Lucas limpa as lagrimas que correm em meu rosto e sorri. 
Nos dois sentamos a beiro de um lago um pouco longe da pequena cidade, estávamos perto das casinhas das fadas, o riacho é bem rasinho ficamos molhando os pés e olhando as pequenas fadas soando de um lado para o outro. Ficamos conversado sobre aquele lugar durante muito tempo, explico para ele as coisas que vi em meus sonhos e ele as coisas que ele vem sonhando, me surpreendo quando ele diz que ele e o homem misterioso já brigaram, não me controlo e começo a rir. 
_ Que é? Foi o que eu vi nem mesmo você foi capas de controla-lo, e olha que eu não gostava de você da maneira que ele pensava... Imagina se eu gostasse mesmo! - Olho para ele e começo a rir novamente. 
_ Um... Como te classificar nessa situação? - digo me levantando - Covarde... Cavalheiro... Divo... E um grande companheiro - Termino abraçando-o por trás - Nós quatro vamos ficar juntos Como verdadeiro irmãos! 
Ele sorri e depois de me jogar na água voltamos para a casa onde estávamos abrigados, Amanda e Raissa nos esperávamos na porta, elas pareciam estar se dando muito bem seus olhos vasculhavam a mini cidade e pousam e nos dois. 
_ Vamos a comida está pronta! - Avisa Raissa entrando na casa. 
Depois do jantar, conversamos com os habitantes para ver o que conseguimos, mas era sempre a mesma coisa, a Rainha Negra tinha tomado o trono e espalhava o caos pelo mundo. 
A noite caiu bem rápido, arrumamos nossas camas e nos preparamos para dormir. Algo na janela me chama à atenção a árvore central brilhava em um verde claro, as águas dos riachos que cortavam a cidade brilhava em um verde água e vários pontinhos brancos passeavam por cima das casinhas, a cena é inesquecível.  
Raissa, Amanda e Lucas se aproximam de mim e ficamos observando as luzes. 
_ Você criou algo maravilhoso! É incrível o que sua imaginação pode fazer Ma! - Afirma Raissa olhando para as luzes que iluminava a noite daquele lugar. 
_ Você é a melhor nesse assunto! Eu não chegaria nem perto disso - Brinca Amanda apontando para a cabeça. 
_ Sim... Mas por minha causa este lugar morreu! E a coisa que mais tenho medo de fazer é acabar com as esperanças dessas pessoas que confiaram em mim! Eles são a fonte dos meus poderes Raissa e Amanda... Eu não posso perder. Sei que nunca fui a pessoas mais otimista desse mundo... Mas dessa vez eu vou fazer as coisas se acertarem de uma vez por todas. Para que nós quatro possamos voltar para casa juntos. - Damos as mãos e sorrimos. - Eu vou fazer tudo isso valer a penas, não vou desistir, nem voltar atrás com a minha palavra. Se é de esperança que meu poder sobreviver é por ela que eu vou lutar... É ela quem vou espalhar antes de enfrentar e recuperar meu reino. Vai ser esse pequeno sentimento que eu vou colocar no coração dos mais desesperados, eu serei a justiça que eles tanto procuram. Venha o perigo de tiver, eu os enfrentarei com a bravura que apenas uma rainha tem.  
Nós quatro dormimos no mesmo quarto, e dividimos o mesmo colchão, para não atrapalha-los dormi perto da parede com minhas asas encostadas na nela. Minha mente para de pensa e refletir e eu caio no sono. 
Nós quatro ficamos na vila por três dias, Doni nos leva para o castelo onde eu vivia no centro do território iluminado, com ele definiu. Saímos da floresta rápido, não vejo sinal das aves que nos rodeavam dias trás, eu e as meninas estávamos com as roupas das ninfas e Lucas com uma capara que Doni lhe dera dias atrás para que ninguém sentisse nossa cheiro. Flaribi me ensinou como reprimir meu poder para que não possa ser sentida pelos animais daquele lugar, era fácil, mas requeria muita concentração, eu tinha que pensar apenas na marca que tinha no peito, é ali que está concentrada a maior parte de meu poder. Estava fazendo exatamente isso, Doni não falava comigo, para me concentrar fico mechando na ponta da asa sentindo sua macies, Amanda está a meu lado em um cavalo branco, Raissa voava em um Pegasus branco acima de nós e Lucas está logo atrás em um Grifo cinza, em minha frente Melodia Fazia guarda.  
Raissa desce e fica ao lado de Doni, ela sussurra algo em sua orelha e sobe novamente. 
_ Melodia, procure outro caminho... Tem soldados logo a frente.  
Melodia da a volta a procura de outro caminho. Ficamos parados ali a espera de resposta. 
_ A direita reto... Depois viramos na direção do sol, haverá uma caverna escondida atrás de árvores milenares é uma passagem secreta para o palácio central. - Sussurro apenas para Dino. 
_ Como? 
_ Faça o que eu mando... Apenas isso. Melodia você conhece a passagem vá. - Ordeno. 
Melodia assente e segue Amanda, Raissa, Doni e Lucas segue a harpia que segue a mais de mil. De longe vemos a o exercito que Raissa tinha dito, é horrível velo, são mortos vivos, verdadeiros zumbis, sinto o poder maligno que eles emanam, junto a elas, o poder de sua dona, tão sombrio que me dá arrepios. Fecho meus olhos e concentro meu poder ainda mais. 

~°~
5º O castelo... Primeiro ou segundo ataque?

Chegamos ao local que falei, Melodia encosta suas garras em uma das árvores e as arrasta até o fim, um brilho esverdeado surge dos dois troncos que cobriam o local revelando uma caverna no meio do nada.
Atravessamos a caverna com cautela, Doni pede para que eu solte meus poderes e guiasse nosso caminho. Faço o que ele me manda, solto meu poder e olho para frente, minhas asas começam a brilhar na escuridão do túnel, Doni pede para que eu acenda as velas que estão no teto, olho para ele meia confusa.
_ Como faço isso?
_ Pense em fogo... E depois nas velas, peça que elas se acendam e acontecerá, aqui você manda e todas as coisas animadas e inanimadas obedecem.
Faço o que ele pede, penso no fogo e nas velas acima de nós.
_ Acendam. - Ouvir minha voz autoritária me dá arrepios, em segundos vejo as luzes acima de nós brilharem, Lucas se aproxima de mim e sorri.
Amanda e Raissa estão na minha frente, junto a Melodia, Lucas está atrás protegendo a retaguarda. Olhando para as paredes do túnel uma imagem vem em minha cabeça, eu e o homem de minhas lembranças, correndo por eles fugindo do palácio, eu sorrio.
_ Algum problema? - Pergunta Doni olhando para mim pelo canto dos olhos.
_ Porque as minhas lembranças Dele são nebulosa... Porque não posso ver seu rosto? - Doni me olha, mas não me dá resposta - Lhe fiz uma pergunta e exijo resposta.
Doni e Melodia param bruscamente, eu desço e os observo, eu sabia que eles escondiam algo de mim, só não sabia o que.
_ Não somos autorizados a falar sobre isso vossa alteza. O rei nos proibiu. - Doni responde, seu olhos azulados não podem me enganar, ele disse a verdade.
_ Ele dizer para não falarmos seu nome a vossa alteza, ele apagar memorias de vossa alteza a respeito dele, tudo isso por amor a senhora.
_ Eu ainda não entendo... Porque ele fez isso?
Raissa e Amanda descem de suas montarias e se aproximam de mim, Lucas continua olhando para nós do alto de seu cavalo. Ninguém me responde, a uma coisa que eu consegui ouvir foi as asas do Pegasus e do grifo se abrindo, Melodia me escondia algo, mas não a pressionei.
_ Seguirei a pé... Quando precisar eu avisarei Doni, vamos.
_ Ele não quer você vá atrás dele... Ele poderia ficar e lutar pelo reino em seu lugar, mas ele estava muito franco e resolveu entregar o reino para Eve. Antes disso ele trancou o poder que se abria em você e apagou as memorias que você tem dele. Quando ele foi te visitar, ele percebeu que seu poder estava fluindo e que faltaria pouco tempo até que a Eve te encontrasse. - Doni dá uma pausa e me olha nos olhos - Eu só não sei como você conseguiu se lembrar.
_ Amor...
Esse foi a única coisa que eu disse e comecei a andar novamente, o túnel percorre Reinaryt inteira, nas paredes havia a localização precisa de onde estávamos, o castelo ficava mais a frente. Melodia começa a andar, pois suas asas já não aguentavam mais, faltando um metro para chegar vejo uma luz perto da saída, Lucas e Amanda avançam e saem de uma única vez. Melodia e Raissa vão logo atrás, Doni me olha e pergunta:
_ Algo errado?
_ Sim... O túnel, se abre em na biblioteca do palácio... Estamos do lado de fora ainda.
Ouso patas de cavalos acima de nós, monto em Doni e seguimos para fora. O sol brilhava forte no céu, as árvores e a grama estão verdes e mais vivas do que nunca. Uma paz incrível ronda o lugar e se estende até um vilarejo nas redondezas, depois dos portões do local uma escuridão tenta entrar, mas não consegue.
Lucas, Amanda, Raissa, Melodia, o cavalo, o pegasus e o Grifo brincavam no imenso jardim, eu e Doni entramos no palácio, duas estatuas de leões brancos enfeitam a entrada, os dois são revestidos de diamantes, seus olhos são rubis e os bigodes são feitos de ferro. As enormes portas eram revestidas em ouro, Doni me pede para observar bem as paredes e obedeço, elas tem pequenos fragmentos de diamante, são eles que dão este brilho a todo o palácio. Doni empurra o portão com força, há algumas pessoas na enorme sala, elas formam duas filas quando nos veem, uma de meninas e a outra de meninos, elas estão vestidas de empregadas, os vestidos pretos com aventais
brancos, na cabeça uma pequena tiara branca, os meninos estão com um smoking típico de mordomos do século dezenove, as luvas brancas e o relógio de bolso com as correntes presas no bolso direito e o relógio no esquerdo.
Eles me observam curiosos e logo se reúnem em minha frente, um deles me ajuda a descer e depois se junta a seus amigos e fazem uma reverencia, Doni sorri carinhosamente, Raissa, Amanda, Lucas e Melodia entram e observam a cena.
_ Lady Mayu! Vossa senhoria voltou para o palácio, é ótimo revela! - Diz um deles beijando minha mão.
_ Mayu, esses são seus empregados, Lily, Nana, Meme, Miny, Darly, Sebastian, Kent e Nathan. - Doni apresenta as oito pessoas a minha frente, as meninas são lindas, todas tem majestosas asas brancas nas costas e os meninos são muito elegantes.
_ Então você conseguiu.
_ Conde... O que faz aqui? - Pergunta Doni se curvando.
Olho para a pessoa com os olhos cerrados, sim era ele, o meu amado amigo.
_ Danilo... Porque deixou a mim e meus amigos naquela floresta sozinhos? - A raiva deixa minhas bochechas vermelhas, eu cerro meus punhos me controlando para não lhe dar um soco.
_ Caminha... Eu estava apenas treinando você. Você não iria apender nada se eu te levasse direto para o castelo, não é mesmo? - Ele sorri, sua pele morena está lisa e a armadura preta o escure mais, e deixa os dentes brancos em destaque.
_ Mais que treinamento... - Reclama Lucas.
Raissa e Amanda concordam com a cabeça, Doni nos mostra o castelo, cada sala, cada quarto, a cozinha e até mesmo os quadros tentando me fazer lembrar daquele lugar, mas era poucas coisas que eu conseguia me lembrar.
_ Senhora... Você e seus amigos não gostariam de descansas um pouco, tomem um banho e troquem de roupa, tenho certeza que seus vestidos servem na Rainha Raissa e Amanda.
_ O senhor Lucas será cuidado por nós... Não se preocupe. - Afirma Sebastian colocando sua mão no ombro de Lucas, ele o olha de cima a baixo e os acompanha.
Eu e as meninas começamos a rir, Nana e as outras nos levam para meu quarto, o local é enorme, o quarto tem duas enormes janelas e no centro uma porta que dá para um terraço grande cheio de flores, uma cadeira e uma mesa, no quarto tem duas portas de frente as janelas, Nana abre uma delas e pede para entrar, vários e vários vestidos e sapatos estavam organizados naquele lugar, os vestidos pendurados em cabides de cristal separados pelas cores e pelos tamanhos, os mais curtos na parte de baixo e os longos com calda na parte de cima e os sapatos alinhados por tamanho do salto e pelas cores, mais a cima, vários tipos de chapéus e sombrinhas decoradas e botas de cano alto.
Raissa e Amanda olhavam paras os vestidos boque abertas com o que viam, eu e Nana seguimos para a porta do lado.
_ Um banheiro com detalhes em ouro... Isso é serio mesmo? - Nana me olha e sorri.
_ No mundo onde estava não tinha isso?
_ Bem sim... Mas para quem é pobre isso é um sonho bem distante.
Nana me olha curiosa, meus olhos azul água me encara seguido de um sorriso meigo que preenche o coração de qualquer um, ela pede para que Raissa e Amanda tomassem cuidado porque o chão estava escorregadio.
_ Eu preparei o banho de vocês, a banheiro tem sais de banho com cheiro de morango, deixei os shampoos perto e as toalhas estão penduradas. Me deem licença.
Nana sai do local deixando apenas nos três no enorme banheiro, tudo naquele lugar tem proporções gigantescas, a banheira é grande, mas não funda, as colinas são brancas com linhas em ouro puro, tem um chuveiro dentro do um box e o lavável esta em outra porta dentro do salão da banheira.
Raissa e Amanda entram na banheira eu entro logo em seguida, a água está quentinha e tem um pequena neblina cobrindo a borda por causa da água, o teto é feito de vidro, o sol ilumina o local e sua luz reflete nas linhas de ouro que decora as colunas, deixando o local bem claro.
Amanda e eu começamos a brincar, na água, Raissa fica quieta no seu lugar descansando, Amanda me ajuda a lavar meu cabelo e começamos a conversar, sobre as coisas que tínhamos visto. Depois de alguns longos minutos no banheiro saímos com roupões rosa e fomos para o closet, Raissa e Amanda entram correndo no closet, Lily, Meme e Miny estão esperando nos três do lado de dentro com alguns vestidos encima de uma mesa, Raissa e Amanda começam a provar os vestidos em cima da mesa elas faziam um desfile com as coisas que achavam por ali, eu, Lily e Meme jugávamos e Miny ajuda elas a se vestir. Nos divertimos muito, no fim Raissa escolheu um vestido roxo com uma saia longa volumosa e cauda, Amanda escolheu u preto no mesmo estilo, saia longa volumosa com cauda. As meninas começam a conversar e eu vou escolher um para mim, dos vários vestidos que estão exposto há apenas um que me chamou a atenção. Eu o pego com cuidado e vou para o trocados, ele tem o corset preto e a cauda é de veludo vermelho, na frente uma pequena saia de pregas preta, no centro do corset os quatro naipes as mangas bufantes são vermelhas com fitas pretas, no cabide havia um par de luvas, uma preta e a outra vermelha.
_ Você escolheu o que vocês mais gostavam! - Nana alisa a enorme cauda do vestido, ela arrastava no chão e a saia na frente mostrava minhas pernas.
_ Tempos se passaram e este vestido continua sendo lindo. - Comenta Lily.
_ Agora os sapatos.
Meme abre uma porta na parte de baixo do armário e prega um par de botas, uma preta e a outra vermelha e um par de meias. Eu termino de me arrumar e Miny me ajuda a pentear meus cabelos, ao meu lado, Lily ajuda Raissa e Meme penteia os longos cabelos de Amanda.
_ Agora o ultimo item. - Nana pega três caixas, as duas primeiras revestidas e ouro e a terceira de diamantes.
De dentro ela tiras três coroas, uma de cristais, outra de ouro e a ultima de bronze com pequenas flores coloridas, todas tinham um cristal no centro. Meme, Lily e Miny coloca as coroas em nossa cabeças, a de cristal é da Raissa, a de bronze da Amanda e a de ouro minha, todas elas brilham em nossas cabeças, eu sinto um preção forte vinda da peça em minha cabeça, seguida de um brilho forte.
Assim que o olho no espelho percebo que mudei um pouco mais, meu olho que é totalmente preto está mais escuro e meu olho está castanho claro, Raissa também mudou, sua pele está branquinha e seu cabelo também está branco a coroa em sua cabeça parece fazer parte de seu corpo, dois enfeites saem do meio da coroa e pequenas fitas com rubis nas pontas.
_ Então é assim que sou aqui! - Amanda se aproxima do espelho.
Eu e Raissa olhamos para ela , Amanda está com as orelhas pontudas e a pele esta um verde clarinho quase não dá para notar, e na pontas dos dois olhos uma joia, no olho esquerdo um diamante e do direito um Rubi. Os olhos castanho claro fintava o espelho de tal maneira que me faz tremer, me levanto e me aproximo dela, seus cabelos estão pretos quase azuis.
_ Vocês estão lindas. Vamos descer e encontrar os outros.
Eu e as meninas descemos para o sala do trono, onde estava Doni, Melodia, Lucas, Danilo, Sebastian, Kent e Nathan, no fim da sala um trono dourado com almofadas vermelhas enfeita o salão que não tinha nada mais apenas as janelas e as cortinas, Danilo se aproxima e segura minha mãe, mas Doni o afasta e me guia até o trono.
Eu me sento e novamente a coroa em minha cabeça brilha, minhas asas ressoam com o brilho e se abrem em minhas costas, posso sentir as vidas que ainda restam em Reinaryt inteira, o aviso já foi dado, um sussurro percorre meus ouvidos, "A Rainha voltou".
_ Eu avisei! - Brinca Melodia apontando para mim.
O brilho sessa e vejo pelo canto do olho um pequeno morceguinho, ele é diferente dos normais, um pequena bolinha com asas de morcego, um sorriso estranho molda seu rosto. Ele me olha mais um pouco e vai embora.
_ Vossa alteza continua radiante! - Doni segura a mão de Amanda e sorri.
_ Obrigada Doni! - Amanda sorri, vejo a sinceridade em seu olhar. Nada nem ninguém pode mentir para mim.
Eu, Raissa, Amanda e Lucas saímos para conhecer a pequena cidade que há ao redor do castelo, varias lembranças passam em minha cabeça, eu e Raissa brincando por aquelas ruas e depois o dia em que conquistei o reino e vi aquelas ruas sem vida cheias de luz.
Os habitantes sorriem e me reverenciam, uns oferecem maçãs e outros alguns panos de ceda. As crianças se aproxima de nós e pedem para brincarmos com elas, melodia se junta a nós e começa a brincar também, passamos a tarde inteira brincando com eles. O sorriso em seus rostos me dava energia.
Perto do portão de entrada, o morcego que tinha visto antes ronda a entrada, de longe ouso um sussurro indescritível.
Meus olhos se voltam para o morcego, seus pequenos olhos estão me observando atentamente. Ele sorri e começa a se transformar, suas assas crescem e seu corpo muda. As crianças começam a correr, Lucas, Amanda e Raissa se aproximam de mim.
_ Vamos não podemos fazer nada... Vamos chamar o Doni e os outros. - Grita Amanda tentando me tirar dali.
_ Eu distraio ele, se ele crescer mais vai acabar destruindo a cidade inteira atrás de nós. Agora vão.
Eles descordam por uns instantes, mas me obedecem no final das contas. A transformação do pequeno morcego parecia ter acabado, ele está cheio de pelos, os dentes saltavam da boca de tão grande, o focinho esta molhado e os olhos são pretos feito a noite, suas patas dão três de mim, e as unhas são quase que metade de mim, o rosto redondo me lembra um cão infernal e a boca com um "sorriso" literalmente de orelha a orelha me lembra uma lenda urbana japonesa.
A criatura levanta uma das patas dianteira tentando me atingir, mas eu desvio. Minhas asas me levam para cima, a criatura me segue com os olhos, de longe ouso as crianças me pedirem para usas minha magia, mas não sei como fazer isso.
_ Coitadinha.
A voz ecoa em minha cabeça, causando arrepios sinistros em minha pele, o sorriso do cachorro aumenta ainda mais, me coração palpita. A boca do animal se abre revelando a figura de uma garota. Ela é igual a mim em tudo menos os chifres na cabeça e a cor das asas.
Ela sorri e alça voo parando em minha frente. Meu coração quase sai para fora quando olho em seus olhos.
_ É você... A garota do meu sonho! Mas...
_ Não...Eu sou Mayuri e... Eu não sou qualquer garota de seu sonho. Eu sou o seu pior lado, aquele que você escondeu quando o conheceu... Eu queria mata-lo, mas elas não deixaram, mas eu ainda vou me vingar de ambos por terem se livrado de mim. - Ela levanta um de seus dedos e uma nuvenzinha roxa ronda seu dedo - Começando por você. Depois eu dou o golpe na Steffanie e depois na Eve, e viro a rainha suprema, mato seu amado e conquisto e resto dos mundo... Até mesmo o mundo onde você foi criada.
Uma flecha passa em nossa frente forçando-a a olhar para baixo, Doni atira outra e outra até que ela se afastasse de mim. O cão que a protegia avança para onde está Doni e Lucas, Raissa e Amanda tenta distrair minha outra eu e Melodia me tira do local, ela me deixa com Danilo e volta para ajudar os outros.
_ Com? Como eu uso meu poder? - Minha voz está fraca, meu coração ainda bate forte dentro do peito, o medo começa a fazer morada dentro de meu corpo.
_ Está tremendo... Mesmo se eu dissesse você não conseguiria usa-lo.
_ Eu não perguntei se conseguiria ou não... Eu ordenei que me dissesse... Agora! - Meu corpo para de tremer, minha vontade de tira-la daqui é maior do que um pouco de medo, Danilo me olho curioso, esta com medo do que poderia acontecer, mas no fim me orientou direito.
Com as mãos voltadas para o céu, reunindo o vento a minha volta, as gotículas de água que pairam a nosso redor, o fogo nas casas e principalmente as esperanças das pessoas, sinto algo diferente tanto a minha volta quanto em meu corpo. Uma luz forte o suficiente para cegar qualquer um brilha. Consigo ouvir os gritos de Mayuri e o latido de seu companheiro, quando a luz se dispersa ambos estão desorientados, me aproximo deles divagar e digo em voz alta " Queda das estrelas!".
Ao fim de minha fala, um buraco negro se abre no céu, dele começa a sair vários pontos brilhantes flamejantes, com vários ataques seguidos, ambos são jogados para fora do reino. Eu vejo o cachorro mudar de forma dentro da escuridão o pequeno morcego está pequeno e fofo novamente, ela a pega nas mãos e vai embora.
Eu desço devagar, minhas asas parecem estar mais pesadas do que o normal mal conseguia parar em pé.
Lucas me ajuda e diz sorridente:
_ As coisas aqui nos amam... essa é o primeiro ou o segundo ataque?
_ Eu sei lá! - Responde sorrindo.
Doni se aproxima de mim com os olhos arregalados.
_ Mas como... Aquela Hiper deve ter gasto toda a sua energia. - Doni pede para me sente, sem forças para nada eu apenas obedeço.
_ Senhora minha... Como, você não saber como usar poderes.
_ O Danilo me ensinou o básico Melodia, agora como eu consegui isso... É um mistério.
Raissa e Amanda de aproximam de mim e encaram minha roupa.
_ E isso? - Pergunta Lucas apontando para mim.
_ Essa é a roupa de batalha dela... Todos temos uma.
A roupa não era extravagante, um macacão de short com manga e zíper e uma blusa vermelha e preta, as mangas estão amarradas em minha cintura deixando a blusa amostra, uma bota de cano alto preta e meias até a coxa para completar o visual a coroa em minha cabeça estava pequena e sua joia central estava verde.
Uma menininha me trás um copo d'água, o liquido me fortalece, Melodia agradece e me pede para voltar ao palácio, o dia estava chegando ao fim, minhas roupas voltam ao normal e me levanto, Danilo segura minha cintura e me guia até o palácio, me soltar era inútil ele iria grudar em mim de novo. Tão parecido e tão diferente ao mesmo tempo.
Seguimos para o castelo, Lucas e Amanda comentavam sobre o animal que nos atacou segundos atrás, Melodia cantarolava alguma coisa, Doni arrumava seu arco e Raissa o ajudava em seguida ela o abraça e dorme, Danilo ainda estava agarrado a mim e fazia milhares e milhares de declarações, mas meus pensamentos estavam voltados apenas a uma coisa, me lembrar dele. O jantar estava pronto quando chegamos, a enorme mesa estava recheada de comida, Arroz, feijão, salamão, frango, macarrão, pudim, sonhos de chocolate, saladas exatamente tudo o que eu e meus amigos gostamos, Raissa e Lucas se sentaram do lado direto, Amanda e Danilo do lado esquerdo, Melodias e os outros sentaram depois deles, eu fiquei na ponta e Doni na outra.
Conversamos sobre varias coisas, Melodia e os outros empregados estavam extremamente curiosos para saber como era nosso mundo, nossas tecnologias e se tinha como trazê-las para Reinaryt. Eu Lucas, Raissa e Amanda respondíamos as perguntas rapidamente, Sebastian anotava cada uma de nossas respostas.
Olho para cada um a mesa.
_ Doni... Quero começar a treinas amanhã cedo, espero que não se importe em me ajudar. Lucas, Raissa, Amanda... Vocês me ajudam também?
_ Mais é claro! - Eles respondem com um sorriso no rosto.
No fundo ouso, Meme e os outros empregados dizendo que vão me ajudar também.
Logo após o jantar, seguimos para os quartos, me despedi de meus amigos e fechei a enorme porta, o quarto é bem maior anoite, a luz da lua o ilumina o cômodo, eu coloco a camisola que Lily tinha posto em minha cama e me deito, sinto um cheiro doce de chocolate e morangos no travesseiro, os cabelos platinados e os olhos verde água invadem minha mente, olho para a lua e sigo para a sacada do quarto.
_ Você pode até ter tentado me fazer esquecer de você... Mas já me mostrou muito e eu agradeço. Eu vou te encontrar e te recuperar... Custe o que custar.
Olho para as estrelas e volto para a cama, eu sei como sonhar com algo então me concentro nos rastros que ele deixou em minha mente e deixo o sono tomar conta de mim. Segundos depois me encontrei dormindo.

~°~

6º Um sonho ou uma lembrança?

Estou olhando para um céu escuro, mesmo sendo dia o sol tinha medo de aparecer, Raissa e Amanda estão a meu lado, Raissa uma cidadão do reinado de Espadachim Negra e Amanda filha de uma das rainhas mais importantes do reino élfico, Lucas chega correndo e nos conta que o vexame que Eve tinha passado após ser derrotada pela suposta arma suprema do reino. Raissa me olha e com os olhos brilhando diz animadamente:
_ Você deveria tentar conquista-lo.
_ Não sei como fazer isso. Ele é incrivelmente forte e sou apenas uma criança.
_ Vamos lá Ma. Você pode tentar daqui a alguns anos.
Lucas se apoia no ombro de Amanda e me encara. Raissa me olha novamente e sorri.
_ Você pode conquistar esse lugar... Você é boa, e não disseram que uma pessoa que tem suas duas partes controladas pode conquistar essa arma que ela tanto queria e conquistaria o reino?
_ Sou apenas uma criança não sei o que isso pode significar... - Respondo olhando para ela que sorria animadamente.
_ Vamos treinar juntos então, e assim te ajudaremos a conquistar, tanto o reino como a arma. - Diz Lucas me encarando.
_ Vamos treinar!
Eu, Raissa, Amanda, Lucas e Danilo começamos a treinar juntos, Aperfeiçoamos nossas habilidades, tanto magicas como físicas. Depois de um tempo nos juntamos a Leticia, Thays e Steffanie aumentando nossas forças.
Minha visão fica escura depois alguns minutos outra imagem surge.
A cidade está um caos, os soldados da Espadachim Negra estavam espalhados pela ,incendiando casas, quebrando as coisas e matando pessoas, minha mãe, Minha irmã e eu estávamos escondidas. Minha Mãe olha nos olhos de minha irmã e depois nos meus, com um sorriso gentil ela diz para que eu proteja minha irmã, como poder de ver o futuro ela me conta tudo o que tenho que fazer para virar a Rainha de Reinaryt, ouso seus conselhos direitinho e assimilo cada um deles em minha mente. ela pede para que eu e Leticia nos escondêssemos dentro do guarda roupas e obedecemos.
Na porta posso sentir a presença dela, Eve entra na casa e pergunta para minha mãe onde eu e minha irmã estávamos, ela não responde deixando Eve mais nervosa, com a espada que carregava ela a ataca, a espada atravessa o corpo de minha mãe. Assim que ela retira a espada o sangue jorra pela casa, ela vai embora sem dizer mais nada, seu sorriso é de satisfação.
Eu e Leticia saímos para vela ela passa seus poderes para mim e para minha irmã e não diz mais nada.
As coisas a minha volta desaparecem e outra imagem se forma.
Estou novamente na frente do castelo dele, o reino inteiro ainda é escuro e sem vida, caminho devagar até a entrada e observo os inúmeros corpo espalhados pelo chão. Dentro do enorme palácio os corpos de Sebastian, Darly, Kent e Nathan estavam jogados no quarto de visitas, Lily e Nana estavam mortas na cozinha, Meme na sala de estar e Miny no corredor. Meus olhos percorrem os cômodos de canto a canto.
Eu para de caminha assim que chego no sala do trono, Os olhos verde água que tanto queria conhecer estão me fitando seriamente, o vento que entra pelas janelas quebradas movimenta os cabelos loiros platinados e joga os meus para o lado, meus lábios estão entre abertos, quero falar algo, mais nada sai de minha boca, aqueles olhos me paralisaram, sua língua percorre seus lábios e molda um sorriso maliciosos.
Lucas entra na sala correndo forçando-o a desviar o olhar de mim para ele. Eu peço para que Lucas fique longe, ele me obedece e se afasta.
_ Mas o que a futura rainha desse lugar faz aqui? - Diz ele sorridente se levantando de seu trono.
_ Se sabe o que pretendo para que pergunta? Quem vê o futuro não consegue adivinhas o desejo dos outros? - Estreito meus olhos e o encaro, ele é em maior do que eu, sei de seu enorme poder, mas não me incomodo.
_ Sei o futuro não os pensamentos das pessoas. Você é corajosa em vir até aqui, posso saber o que tem a propor?
Ele acaricia meu rosto com carinho, sinto seu coração bater forte quando esta a meu lado, seus olhos brilham e o vento novamente entra na enorme sala.
_ Quero que seja minha arma... Não, ordeno que se torne minha arma.
Uma risada fofa e maliciosa sai de sua boca, ele analisa minhas expressos, desde o rosto até a espada e o escudo que estão em minhas mãos. Ele se abaixa e se aproxima de minha orelha.
_ Eu nunca vou ser de ninguém... Eu sou livre e serei sempre assim.Você pode até ser bonita, mas não o suficiente para me encantar... Claro quem sabe se você se entregar a mim - Termina ele beijando meu pescoço.
Meu corpo se arrepia e sem pensar levo a espada até seu pescoço, ele se distancia e finta meus olhos com um sorriso no rosto, sorriso esse que estava começando a me irritar.
_ Se não por bem... Vai por mal, eu não me importo de machuca-lo, eu já machuquei e matei varias pessoas aliadas a Espadachim Negra e não me importaria de fazer o mesmo com você.
O sorriso desaparece de seu rosto depois dessas palavras, ele ajeita sua blusa e se duplica, um vira a foice que Eve tanto desejou ter em suas mãos e o outros um poderoso artífice. Sem excitar ele me ataca, a lamina da foice corta um pequeno fio de meu longo cabelo me forçando a virar para a janela, do lado de fora eu vejo Lucas lutando com o que me pareceu ser sombras. Ela estava se aproximando, Ele me olha e pede para que eu não me importasse com ele, ele dava um jeito de sair daquilo, Eu obedeço e volto minha atenção para o homem a minha frente.
Novamente ele me ataca, dessa vez eu o paro com o escudo e com a espada eu o ataco, concentro meu poder em um ponto da espada e a jogo contra o corpo do artífice que desvia. Eu sorrio ao ver a espada voltar para mim cortando uma mecha de seu cabelo. Em silencio uso um dos feitiços que Raissa tinha me ensinado e uma esfera de fogo se forma atrás dele.
Como um buraco negro ele suga todas as coisas que estão no salão, pedras, vidros até mesmo alguns dos corpos que estavam espalhavam por ali.
_ Esse é seu fim. Posso saber se você muda de ideia? Ou vai continuar dizendo que é livre?
_ Isso não vai fazer efeito... Eu sou um clone o verdadeiro está são e salvo transformado. - Ele Responde com o sorriso alto.
_ Eu não estava falando de você. Esse ataque é quente o suficiente para derreter até mesmo o metal mais grosso que existe na face da terra. Sei bem suas fraquezas e o magma não é algo que você goste muito... Explosão de Magma!
Os olhos do clone se abrem e ele tenta fugir assim que a enorme bola de Fogo explode e segue em sua direção, é inútil ele é atingido e a foice é obrigado a voltar ao normal. Meus olhos o seguem dentro da lava fervente, suas roupas começam a se desintegrar e ele perde a consciência.
Eu desfaço a esfera e deixo seu corpo cai, ele respira fundo e acorda. Me aproximo dele com a espada em mão, ele tenta me jogar alguma de suas habilidades, mas é impossível. Levo a espada até sua cabeça ela está vermelha e ele me pede misericórdia. Eu e ele fizemos o contrato e restauro o reino.
Eve e suas sombras desaparecem, não a senti mais, depois de voltar para dentro do palácio eu o observo sentado no trono.
_ Qual seu nome? - Pergunto encarando seus olhos.
Ele se levanta e se curva com a mão no peito.
_ Akihiro Keiichi. E você é Mayu Akemi, Minha futura esposa.
_ Você sabia... Que eu viria.
_ Sim... Estava ansioso para ficar a seu lado, quando tive uma visão com você, sabia que era o momento de me desprender da liberdade de solteiro, Viver brincando com as mulheres como eu fazia
não me satisfazia, eu só pensava em você, cada mulher que se deitava em minha cama parecia com você, mas nenhum dos sorrisos que via era igual ao seu.
Ele se vira para esconder o rosto vermelho, suas costas largas estavam cobertas por poucos pedaços de pano, seu cabelo bagunçado e as marcas em seu olho estão mais escuras do que antes. Ele dizia a verdade.
O barulhos dos pássaros na janela me acorda e sinto a presença de alguém no quarto, meus olhos percorrerem a enorme sala, mas não vejo ninguém. Era ele, sim com certeza. Saio correndo do quarto e saio para fora procurando algo fora de meu alcance.
_ Senhora aconteceu alguma coisa? - Pergunta Meme me olhando apavorada.
_ Meme... Tinha alguém no palácio que não fosse nós? Um estranho talvez?
Ela balança a cabeça negativamente, Lily aparece logo atrás e Meme lhe faz a mesma pergunta que lhe fiz segundos atrás. Lily me dá a mesma resposta, não.
_ Mas por que Senhora? Aconteceu alguma coisa?
_ Não... Mas eu senti a presença dele - Doni, Melodia e os outros aparecem na porta de entrada - Akihiro Keiichi estava no meu quarto.
Doni, Melodia e Danilo dão um paço para trás, suas reações me levantam suspeitas, mas prefiro guarda-las para mim, por enquanto. Raissa, Amanda e Lucas se aproximam de mim e me fazem varias pergunta seguidas, meu estomago ronca e Danilo sorri, me pega no colo e me leva para dentro.
_ Vamos tomar o café da manhã e depois conversamos sobre isso na sala do trono. Hoje vocês tem um dia incrivelmente cheio. - Ele se aproxima de meu rosto e eu desvio.
_ Se fizer isso novamente eu vou deixar sua pele vermelha. - Ameaço o olhando nos olhos.
Ele apenas sorri ironicamente. Nos trocamos e tomamos café, em seguida nos reunimos todos na sala do trono. Eu conto eu sonho cada detalhe, cada lembrança, cada fase, cada rosto tudo o que eu lembrava.
Doni abaixa a cabeça e começa a chorar, Melodia me pergunta como consegui me lembrar de tantas coisas, mas não sei como responde-la e ela também percebe. Meme e os outros empregados se olham, escondiam algo de mim e já estava me cansando de esperar que alguém falasse alguma coisa.
_ Quero que me contem tudo. Exatamente tudo o que aconteceu depois de minha saída... E quero agora.
Danilo tenta se sentar na cadeira a meu lado para me acalmar, mas o impeço, meu olhar o faz estremecer.
_ Majestade, não se exalte... eu lhe digo. - Sebastian me entrega uma xicara de chá e volta para seu lugar - Ontem a noite, assim que a senhora e seus amigos estavam em seus quartos o Rei Akihiro entrou sim no palácio, bem não pessoalmente, mas ele esteve aqui, queria confirmar se você estava bem. Ele passou a noite inteira a seu lado e foi embora hoje de manhã, eu percebi pelo aroma de morango e chocolate que se formou no palácio.
_ Enquanto minha saída? - Pergunto levando a xicara até minha boca.
_ Depois que o Rei Akihiro notou que a marca do pacto sumiu, ele saio correndo atrás de você, sem saber onde estava ele pediu para que procurássemos vocês por todas as partes. Quando dissemos a ele que não a encontrávamos em lugar algum, ele se desesperou e seu poder acabou se espalhando... Foi por isso que a Eve começou a tomar posse de seus territórios. Quem governa aqui são Rainhas, assim como no País das Maravilhas em seu mundo, porém aqui um território que não tenha rainha é obrigado a se render. Mas ele não queria seguir essa regra ele queria proteger, pelo menos o local que vocês dois se conheceram. Ele me disse que iria fazer você esquece-lo, já que a senhora não estava acreditando na existência desse lugar, ele apagou algumas de suas memorias e depois se entregou para Eve... Sim, eles agora são oficialmente arma e artífice. Em troca ele a obrigou a deixar esse lugar em perfeitas condições, não poderia pisar, governar, muito menos matar as pessoas que vivem aqui.
Eu levanto uma sobrancelha e o encaro.
_ O que quer dizer com... Oficialmente?
_ Para que a Espadachim Negra se tornasse a artesã do Rei Akihiro... eles tive que... Dormir com ela.
_ Você está tentando dizer que ele... Ele... Ele... - Eu travo, Sebastian assentiu em resposta.
Meu coração dispara na hora, então ele se rendeu só para salvar nosso lugar. Se eu tivesse aceitado isso antes, minha vida agora não depende mais dos meus "se eu tivesse", Eu não me importo se ela me tirar todos os reinos que tenho... Mas tomar o pessoa que eu mais amei... Isso não vai ficar assim.
_ Ela matar pais de vossa alteza... Esse ser seu desejo... Vingar morte deles, isso foi que você disse quando conquistar reino. - Melodia me encara Preocupada.
_ Eu já fiz isso Melodia, obrigada por me fazer lembrar - Sim, depois da morte de minha mãe eu conquistei o reino, e ainda ajudei minha irmã - Mas dessa vez eu não vou perdoa-la... Ele é a única pessoa que me entende mais que bem, ela poderia governar esse reino, eu não iria me importar, mas pelo menos me deixava ele era a única coisa que eu iria pedi... A única.
_ Eu entender sua majestade, mas escolha ser dele, tudo isso para salvar senhora.
_ Eu sei Melodia... Eu vou conquistar o reino e restaura-lo por completo, eu vou resgatar meus antigos aliados... Danilo quero a localizaram de Akihiro e de meus outros aliados em uma hora, Sebastian poderia me arrumar um mapa com todos os reinos, continentes e cidades desse mundo, marque nele os reinos que já foram tomados pela Eve e os que foram tomados pela Steffanie. Doni... Melodia e os outros, você vão nos ajudar a treinar certo? Pois bem eu quero começa agora. Não podemos mais esperar.
Eu e as meninas trocamos de roupa e saímos com Doni e os outros para treinar. Doni não pegou leve, Melodia nos guiava com a espada e Doni nos atacava com arco e flecha. a espada é mais pesada que eu e mal consigo meche-la, a meu lado Raissa e Amanda desviam das flecha e conseguem atacar Doni sem muito esforço, Amanda pega uma das flechas que Doni deixou no chão ela o ataca com um arco improvisado feito com um pedaço de madeira e uma corda. Raissa usa seus poderes perfeita mente como, não tudo, mas uma grande parte.
Dou um suspiro fundo e tento erguer a espada, mas ela não sai nem do lugar, critico a mim mesma em pensamentos, Melodia se aproxima de mim e tenta me ajudar, com sua voz meiga ela pede para que eu pense nas pessoas que perdi quando criança e nas pessoas que perdi enquanto estava fora, ela pede também para que eu me concentre nas pessoas da cidade e na destruição que Eve causou a todos aquilo me daria força.
Eu a obedeço, concentro meus pensamentos nas coisas que vi e vivi, nas pessoas que perdi e que pretendo recuperar, a espada parecia mais leve que antes. Agora consigo movimenta-la, e começar o trino de verdade.
Passamos horas treinando, Melodia nos ensinava como usar nossos poderes e Doni como combina-los com o armamento, como usamos nosso mana de maneira segura e como são usados os alimentos que nos fazer recuperar nossas forças. Depois das aulas voltamos para o palácio.
Sebastian e Danilo aparece na frente do castelo, ambos já haviam terminado o que pedi. Sebastian me apresenta todo o território, o mapa estava mais que bem dividido, os territórios ocupados estava com tons de preto e cinza e os que não estavam ocupados estava com um circulo vermelho. Danilo me entrega uma folha de papel, um pequeno mapa feito a mão no fim um castelo, ele me orienta e diz que essa a é a localização de Akihiro, me diz também que no meio do caminho existe vários e vários desafios.
_ Ok... Obrigada a Vocês dois.
Subo para meu quarto e fico ali treinando minha concentração. Olho para o teto branco e tento voltar ao dia em que perdi minha mãe.
As coisas a minha volta somem e dão lugar a uma pequena cidade em ruínas, em uma casinha no centro consigo ver duas menininhas, eu e minha irmã, Raissa, Amanda, Thays, Steffanie, Lucas e Danilo estão tentando nos acalmar, Minhas irmã já esta mais calma, já eu estou uma pilha de nervos.
Eu me encontro com meu lado criança, uma pequena menina cheia de raiva, ódio, ciúmes e angustias, depois do ocorrido fui morar com meu tio junto a minha irmã. Eu treinava todos os dias e isso me ajudava a esquecer a raiva, consegui equilibrar meus dois lados.
Depois de alguns anos, eu e meus amigos fomos atrás de nossos sonhos, Conquistar o reino, aos poucos eu me lembro dos treinos com a espada que me tio havia me dado, tudo que eu aprendi e vivi começava a voltar aos poucos.
Abro meus olhos e vejo as coisas a minha volta levitando, faço-as descerem e vou tomar um banho, sem pensar em nada tento descansar meu corpo, o dia estava no fim. Raissa e Amanda estavam controlando seus poderes mais que bem, Lucas estava aprendendo aos poucos com Danilo e eu ainda estava recordando das coisas.
_ Chega de chorar... Aqui eu sou mais que uma simples rainha. Eu sou a governadora mestre, eu fui a salvadora dele uma vez e não é por que eu renasci em m outro mundo que eu não posso refazer tudo o que um dia eu já fui capaz de fazer. - Olho para o teto de vidro e para cada uma das estrelas presente no céu. - Eu estou vendo toda essa situação como uma pessoa normal... Os poderes, as pessoas. Acho que já está na hora de eu me entregar a loucura, assim como a Alissa fez depois que se tornou a Rainha do País das Maravilhas... Tenho a impressão que só assim eu poderei acabar com toda essa situação e voltar para casa.
Me seco e troco de roupa, desço para o jantar, mas não fico por muito tempo, peço para todos se prepararem pois quero ir arrumar as coisas o mais rápido possível, começando de baixo.

~°~
7º A Espadachim Vermelha... Parte 1

Acordamos cedo para nossa missão, Doni para no alquimista da vila, uma menininha fofíssima, sua casa é diferente das outras, por fora doze telescópios gigantescos apontados para doze lugares diferentes.
Entramos no local, a bagunça é eminente, vários potes, xicaras quebradas, pedaço de carne, poeira e muito mais, ela me encara com um sorriso nos lábios, animadamente ela nos pede para entrar, limpa um sofá e nos força a sentar, Raissa me olha assustada, Amanda ri de toda a situação, Danilo e Lucas permanecem em pé, Doni fica ao lado deles e a menininha se acomoda em uma cadeira perto de mim.
_ Olá ouvi que você chegou a pouco vossa alteza. Eu sou Rosie a alquimista da vila. - Ela me encara, seus enormes olhos bicolor brilham - Nossa! Eu sempre quis conhecer a nossa salvadora... Eu era pequena quando você reformou todos os reinos, conquistando um por um. Eu virei a alquimista do reino para servi você, foi ai que eu descobri que você tinha sumido.
Os olhos de Rosie se voltam para o chão, meu coração aperta, eu não queria ir embora, eu não queria esquecer esse lugar, mas aconteceu. Ela aponta para um espelho de bronze, com alguns detalhes em ouro.
_ Eu sei que a senhora não teve culpa... Sei que você não foi embora por que estava cansada desse lugar. Minha mãe me disse que você brilhava quando visitava as vilas, sua alegria era contagiosa e iluminava onde quer que você estivesse. Ela me disse também que o Rei Akihiro e a senhora não se desgrudavam, depois do casamento de vocês dois esse laço crescia a cada dia, a força das vilas e reinos crescia junto com vocês dois. Majestade eu vou fazer de tudo para que a senhora consiga recuperar o reino e o amor de rei.
Rosie me olha com um largo sorriso no rosto, Doni se levanta e toca o ombro da pequena menina.
_ Precisamos saber sobre o local onde vive o Rei Akihiro... Como ele sumi não sabemos muita coisa sobre ele.
_ Temos sua localização... Mas não sabemos que tipo de perigos nos aguarda. Queríamos saber se você poderia nos informar que tipo de perigos enfrentaremos. Você sempre andou muito.
Danilo termina e volta a seu lugar, Rosie o encarava com a cara fechada, Danilo desvia o olhar imediatamente.
_ Você já tentou tirá-la do Akihiro... Isso é imperdoável. Mas farei isso por você, majestade.
Ela pega um pequeno espelho prateado, uma imagem aparece nele, uma menina com longos cabelos brancos e olhos castanhos que olhava para o infinito, em suas mãos uma espada maior que ela em mão. Ela parecia guardar alguma coisa.
_ Essa é Anhya... A espadachim demoníaca... Para proteger o senhor Akihiro ela matou quase mil pessoas, ela era gentil, protegia você dois, mas a Eve a transformou, ela ficou estranha, malvada, impiedosa, fechada, foi ela quem escoltou o rei até o castelo da Eve e agora protege o castelo dele. - Rosie olha para mim e a imagem do espelho muda, a imagem de vários coisas estranhas, bichos que eu nunca vi na vida - Esses são alguns dos lideres que guardam as ruas da cidade de Adinoria que é onde está o Rei. Eles não são tão perigosos assim, mas é bom se precaver. O inimigo mais é a Anhya e o próprio rei...
_ Não tem algo que posamos levar para nossa segurança? Alguma bebida, uma relíquia, pílulas. - Pergunta Doni gesticulando com os braços.
Rosie coloca o dedo no queixo e olha para o teto, ela sai correndo, pega uma bolsa e coloca varias coisas dentro, um potinho de vidro com um liquido azulado parecendo água me deixa curiosa, procuro no fundo de minhas memorias, a menininha com um copo com o mesmo liquido, eu não tinha visto seu rosto... Era ela.
_ Aqui está, nesse saco tem algumas pílulas para aumentar sua força e diminuir os danos em mais ou menos 90%, nesse pote tem a água que eu te dei no outro dia Majestade, e outras coisas, comida, água, suco e pedras especiais.
Doni pega a bolsa e sai da casa, todos o segue calados, Amanda olha para a menininha e para os telescópios em cima da casa e pergunta.
_ Porque os doze telescópios?
_ Ah! Eu os uso para ver as constelações, cada um está direcionado diretamente para elas, Oreos, Namida, Arkemis, Leo, Moa, Chuchu, Ronie, Cryanson, Shousen, Kyousen e Saurusen.... Nossas doze zodíacos. Quando voltarem eu posso mostra-los para vocês.
Meus olhos se voltam para o céu azul, assim como lá, aqui existe os zodíacos também só mudou os nomes.
Lucas encara os telescópios e depois a menininhas.
_ Desculpe, mas Astronomia não é comigo... As estrelas estão no céu para que ninguém as espie, elas no céu e eu na terra... Pode apresenta-las para as três ali ok.
Eu, Raissa e Amanda começamos a rir e seguimos Doni, assim que chegamos nos portões da cidade peço para que Doni e Melodia ficassem para cuidar do palácio, Doni torne o nariz, mas me obedece Melodia nem reclama. Levo Danilo como uma proteção, ele tem mais experiência em lutas que nós três juntos.
Depois de ouvir os conselhos de Doni, Danilo pega quatro cavalos e entrega um para cada um, ele fala alguma coisa para Doni e pede para que nos o seguíssemos, nos três obedecemos e saímos da cidade galopando, a medica que nos afastamos do céu claro da cidade Luz a escuridão toma nossa visão, meu corpo treme ao sentir o miasma a nossa volta.
Em quantidades gigantescas ele se espalham por todas as partes, nas sombras as silhuetas de algumas pessoas passavam correndo, nos seguiam e apenas eu percebi. Puxo as rédeas do cavalo que para rapidamente, Lucas, Raissa, Amanda e Danilo param logo em seguida. Os três me observam, parecem confusos com alguma coisa, me aproximo deles e percebo a cor em seus olhos.
_ Não se rendam... Danilo... Raissa... Amanda e Lucas. Obedeçam minha voz e voltem ao normal.
Eles não me escutam, meu corpo começa a ficar fraco, um peso enorme toma conta dele, meus olhos começa a ficar pesados, algo me puxa para trás, o miasma aumenta a uma neblina branca paira a nosso redor. Alguns vultos brancos passam atrás de Raissa e Amanda, a silhueta de dois homens atrás de Danilo e Lucas, duas mulheres atrás de Raissa e Amanda e uma a minha frente. Meu corpo não me deixa fazer movimento algum, a escuridão aumenta e eu desmaio.
Quando acordo estou em algum tipo de calabouço com paredes são feitas de pedras e musgos, uma cama perto da única janela e uma pequena lareira. Depois das grades enferrujadas há um corredor de pedras, a meu lado está Raissa e Amanda.
Me solto das amarras e tento acorda-las sem fazer muito barulho, com alguns tapinhas no rosto consigo acordas Raissa e Amanda, peço para que elas não façam barulho, juntas tentamos achar uma saída. É Impossível qualquer movimento brusco provoca um enorme barulho, barulho esse que pode ser ouvido do outro lado do corredor.
_ Se é assim... - Raissa se levanta e fica perto das grades enferrujadas.
Ela as congela e sorri, me olha nos olhos e pede para que eu use meu poder para derrete-las, me aproximo das grandes, agora congeladas, e as seguro um calos fervente toma meu corpo e as barras de gelo começam a derreter devagar.
_ Vamos devagar, sinto a presença de alguma coisa. - Alerta Amanda nos observando logo atrás.
Saímos da cela em direção a um corredor estreito, o ar começa a ficar pesado e um cheiro de mofo paira a nosso redor.
Seguimos em direção a única porta do local, um vento gélido toca nossa pele, ao sair nos deparamos com um pátio congelado, parecia o pátio principal de um castelo, do outro lado um corredor de enormes portas brancas, no centro do pátio uma fonte de gelo com um anjo na ponta do pé esculpido no meio dela no topo de sua cabeça uma "coroa" congelada com suas pontas em direção ao chão. Olhando de perto podemos perceber seus seios e seus cabelos, o rosto é igual ao de Raissa. O jardim perto da parede está congelado também, árvores, gramas, flores tudo até mesmo os insetos.
Seguimos em direção a uma das portas brancas do local, elas era frias e macias.
Ao entrar uma sala com sofás, mesa, lareira, tapetes, janelas, jarros com flores e paredes, todos brancos como, apenas as enormes cortinas era vermelha sangue. Os olhos de Raissa percorrem a sala, sinto sua pele mais fria, e percebo que sua pele está um pouco mais pálida que o normal.
Amanda a encara e depois olha para a porta a nossa direita. Um homem alto, forte, branco com olhos azuis e cabelos pretos nos encara, ele anda pela sala devagar, como um lobo atrás de sua presa.
Ele anda pela sala, seus olhos azulados fitam Raissa com desejo, ele a conhecia, algo me dizia isso. Com uma rapidez inacreditável ele segura ela pela cintura e a leva deixando eu e Amanda para trás. Tentamos segui-los, mas ele é rápido demais, aquela sensação de peso toma meu corpo novamente, dessa vez mais forte.
_ Atrás de você - Grita Amanda apontando para uma pequeno animal preto e vermelho atrás de mim. Com uma cadeira Amanda o empurra para longe - Vamos tomar cuidado!
Assenti com a cabeça sem dizer nada, era como se ele tivesse tomado metade de meu sangue, minhas pernas estavam pesadas e minha visão meia turva, olhando no espelho do corredor percebo minha pele incrivelmente pálida.
_ Estranho... Onde estão eles? Lucas e Danilo não estavam na mesma torre que nós estávamos.
_ Verdade, que estranho... Será que teremos que percorrer o castelo inteiro para acha-los? Ou vamos atrás da Raissa e depois atrás deles? - Pergunta Amanda me ajudando a levantar.
_ Melhor acharmos a Raissa, esse homem que a levou a conhecia ele pode nos ajudar a encontra-los. Mas antes é melhor nos prepararmos para nossa "primeira batalha"... Esse lugar está infestado de seres esquisitos, posso senti-los.
Pego uma das garrafas que Rosie nos deu e bebo um pouco, seguro as mãos de Amanda e lhe entrego um pouco de meu poder fazendo com que sua roupa mudasse de um vestido para um conjunto. Uma blusa estilo corset e uma saia com pregas, nos pés uma salto alto com detalhes nas pernas, os cabelos presos em uma trança com duas enormes mexas brancas do lado dos olhos. Eu também mudo olho dentro dos olhos castanhos de Amanda e sorrio.
_ Certo, mas como vamos encontrar a Raissa?
_ Com isso... - pego meu celular e mexo em algumas coisas nele e uma tela sobe formando um caminho, no fim uma ponto vermelho.
_ Mas como você fez isso? - Indaga ela intercalando seu olha, de mim para o celular e do celular para mim.
_ Isso é fácil... Esse lugar é um pouco mais avançado que nosso mundo... Sebastian reconfigurou meu celular instalando um software 3D nele, agora eu posso ver onde está a Raissa, mas não os meninos... Eu mapiei o castelo, mas não adiantou.
_ Certo depois pode mandar ele fazer isso no meu também... Ouviu... Vamos. - Amanda anda alguns metros e olha para trás - Vamos logo.
Com as armas em mãos seguimos em frente, com um olho no celular e o outro no corredor eu sigo na frente de Amanda, um ruído no fim do corredor me chama a atenção uma coisa enorme começa a se aproximar, um animal preto com longos braços e algumas listas em seu corpo se aproxima de nós duas. Tentamos recuar, mas já estávamos cercadas.
_ Bem... Chegou a hora! Pronta? - Pergunto eu a Amanda, ele apenas acena com a cabeça.
Começamos a luta, mas ou menos oito desses monstros nos cercavam, seus olhos vermelho sangue estavam cedentes.
Com golpes rápidos e precisos eu acerto meus adversários partindo-os ao meio, após sua morte eles viram poeira e somem com o vento, o grito de Amanda me chama a atenção, um dos monstros a pega por trás e começa a morde-la. Eu o ataco rápido e ele some, Amanda agradece e volta a atacar os que restavam.
Assim que acabamos com os seres do corredor principal eu e Amanda seguimos para os quartos, as escadas também estavam cheias dos mesmos monstros que enfrentamos no corredor principal, uso minha magia para afasta-los, estávamos chegando perto do quarto onde Raissa estava e não era meros monstros que iriam me impedir de achar minha amiga. Uma corrente de luz atravessava os monstros fazendo-os sumir. Amanda faz uma barreira de luz entre nos duas, segando os monstros dando uma brecha para nós escaparmos.
Nos quartos parece que não havia monstro algum, seguimos o rastro de Raissa pela tela do celular, aos poucos chegávamos ao quarto.
Um sussurro me chama a atenção, uma voz sai de um dos quartos, quase que um gemido feminino, Amanda e eu seguimos a voz sem fazer barulho, abrimos a porta do quarto devagar para não chamar a atenção.
Ao entrar encontramos Raissa amarrada a cama, com os braços presos na cabeceira e na boca uma mordaça, a seu lado está o homem que a sequestrou, seus olhos percorrem o corpo de Raissa, que está com uma camisola longa vermelha, ele não nos ouve, está literalmente fissurado nela.
_ Minha amada... Finalmente você voltou para mim. Porque foi embora? Porque me deixou? Tudo o que eu fiz para você não foi o suficiente? Eu te tornei a segunda pessoa mais rica desse reino... E mesmo assim você foi embora. - Diz ele se levantando.
Eu a Amanda observamos acena ao lado da porta.
_ Mais que obsessão... Já chega. - Diz Amanda se encostando na porta.
_ Amanda... - Digo tentando chamara a tenção dela para que notasse a burrada que fez.
O Homem nós olha irritado, se senta ao lado de Raissa novamente e solta seus braços. Raissa por sua vez tenta se solta, mas ao olhar nos olhos do mesmo ela paralisa.
_ Pediram para que eu a matasse vossa alteza... Mas não irei fazer isso. Você trouce ela para mim e fico agradecido com isso. - Diz ele desamarrando a boca de Raissa.
_ Miguel... - Sussurra ela. Nós três a olhamos, seu rosto fica vermelho assim que ela percebeu o que estava vestindo. - Eu não estava com isso.
_ Bem sobre isso... é uma longa historia. Depois conversamos meu amor.
Após esta fala dele mil coisas passaram em minha mente, ao olhar para Amanda pude ver o olhar de pervertida que ela fez, e pelo modo que ele mencionou tais palavras era exatamente isso o que ela estava pensando.
Raissa não ficou confusa, eu vi a cara que ela fez e dizia exatamente "eu mato você se for o que eu estou pensando". Com os punhos cerrados ela tenta bater no mesmo, mas para ao ver alguma coisa se aproximando. Uma pessoa armadura preta cintilante, assim que ele quebrou a janela do quarto, duas asas negras cobriram seu rosto e corpo.
Miguel leva Raissa para onde se encontrava eu e Amanda. A pessoa que acabou de entrar no quarto se levanta, as asas não saem de sua frente escondendo sua identidade, porém a espada em sua mão me deixava claro quem era... Claro como a água que eu vi.
_ Lucas... - Digo sem pensar.
As asas voltam para trás das costas do mesmo, e pude, finalmente, ver seu rosto. Foi como se uma das flechas de Amanda traspassassem meu coração de todas as formas que vocês podem imaginar, um rasgo enorme se formou assim que o vi, eu não queria que isso fosse verdade.
Bem ali na minha frente estava meu amigo... Lucas.
Ele esta com os olhos negros, na pelo alguns furos causados por um morcego ou algo assim, ele estava tremendo, sua armadura era negra, mas eu puder ver o sangue escorrer pela lisa camisa de ferro.
_ Isso não pode ser verdade... - Digo olhando para ele - Não é verdade...
_ Mais é... Eu apenas estou segundo ordens... - Eu olho para a porta, uma menina de cabelos vermelhos e olhos castanhos de pele parda está parada observando a cena. - Eve me pediu para fazer isso... O outro está em outro lugar, sei de sua missão... Você terá que matar seus amigo para conseguir chegar até mim. Faça isso e eu cederei uma única luta com você... Caso o contrario eu os forçarei a te matar.
Ela vai embora e faz um sinal com o dedo que faz Lucas se mexer, aqueles olhos pareciam estar tentando me pedir desculpas, foi com isso que ele começou a nos atacar, sua espada corta alguns fios de meus cabelos, por milímetros de distancia ele não corta meu pescoço.
Um sorriso molda sua boca e sua espada dá uma vota até parar em meu braço, me afasto incapaz de fazer algum mal a ele. Amanda e Miguel entram em minha frente tendo me proteger, esqueço a dor e o sangue que descia do corte, e peço para que ninguém me atrapalhe, sem mexer muito o braço machucado eu pego minha espada e encaro Lucas.


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